Uber vê queda na demanda e ações despencam em NY

Os usuários da plataforma buscam alternativas mais econômicas e abandonam carros particulares em favor do transporte público

As viagens de passageiros registrados pela Uber Technologies cresceram no ritmo mais lento em mais de um ano, indicando que os usuários da plataforma estão preferindo o transporte público mais acessível em vez de carros particulares. Essa mudança de comportamento fez com que as ações da empresa caíssem mais de 6% no pré-mercado.

A companhia também projetou que as viagens de passageiros no trimestre atual ficarão abaixo das expectativas do mercado. No entanto, a previsão de Ebitda ajustada para o período está alinhada com a previsão dos analistas.

No terceiro trimestre, as reservas brutas aumentaram 16,1%, totalizando US$ 40,97 bilhões, mas não alcançaram a estimativa média de US$ 41,24 bilhões, segundo dados da Lseg.

A diversidade de serviços oferecidos pela Uber, que incluem frete, entrega e transporte de passageiros, ajudou a mitigar riscos nos três setores em que opera. O principal negócio de mobilidade da empresa cresceu 26,4%. A receita total do terceiro trimestre foi de US$ 11,19 bilhões, ficando próxima da estimativa média dos analistas, que era de US$ 10,98 bilhões.

“O crescimento da receita superou o crescimento das reservas brutas, principalmente devido à redução dos incentivos e ao crescimento da receita de publicidade”, comentou o diretor financeiro Prashanth Mahendra-Rajah.

O lucro líquido do terceiro trimestre caiu US$ 2,61 bilhões, enquanto o lucro operacional foi um recorde de US$ 1,06 bilhões. O lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização foi de US$ 1,69 bilhão, superando a estimativa média dos analistas de US$ 1,64 bilhão.

Para o quarto trimestre, a empresa prevê que o Ebitda ajustado ficará entre US$ 1,78 bilhão e US$ 1,88 bilhão, em comparação com a expectativa dos analistas, que é de US$ 1,84 bilhão.