Hugo Motta e Alexandre Padilha se reúnem com pesquisadores para criar tecnologia que detecta metanol em bebidas
O presidente da Câmara, Hugo Motta, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, se reuniram nesta sexta-feira (3) com pesquisadores que desenvolveram tecnologias capazes de identificar a presença de metanol.
A segurança das bebidas alcoólicas voltou ao centro das atenções em Brasília. O presidente da Câmara, Hugo Motta, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, se reuniram nesta sexta-feira (3) com pesquisadores que desenvolveram tecnologias capazes de identificar a presença de metanol, substância altamente tóxica e responsável por intoxicações graves.
O encontro trouxe à tona métodos inovadores que podem identificar o metanol sem abrir a garrafa, usando testes rápidos, baratos e confiáveis. Segundo os pesquisadores, a ideia é tornar a fiscalização mais prática e aumentar a proteção ao consumidor, principalmente em regiões onde o controle sobre bebidas artesanais ou importadas ainda é limitado.
O contexto é preocupante. Só neste ano, o país registrou mais de 100 casos suspeitos de intoxicação por metanol, com pelo menos cinco mortes confirmadas em diferentes estados. Muitas vezes, os consumidores não sabem que estão ingerindo álcool adulterado, e os sintomas podem aparecer horas depois, dificultando o tratamento. Por isso, para Padilha, cada avanço tecnológico representa uma chance concreta de salvar vidas.
Durante a reunião, o ministro destacou que o Ministério da Saúde já reforçou estoques de antídotos e ampliou a rede de atendimento para casos de envenenamento. “Nosso objetivo é reduzir o risco para a população e garantir respostas rápidas quando acidentes acontecem”, afirmou.
Hugo Motta ressaltou a importância de unir inovação e política pública. Para ele, o apoio do Congresso a essas iniciativas é essencial para que os testes cheguem a laboratórios, pontos de venda e até fabricantes. “Queremos que a população tenha confiança no que consome. Isso também protege o setor produtivo que trabalha de forma correta”, explicou.
Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) mostraram que os testes podem ser aplicados tanto em grandes indústrias quanto em pequenas distribuidoras. “É um avanço que combina simplicidade, custo baixo e alta precisão. Pode ser um divisor de águas na prevenção de intoxicações”, disse um dos cientistas presentes.
O encontro também discutiu campanhas de conscientização. Especialistas destacaram que tecnologia sozinha não resolve tudo: consumidores precisam ser informados sobre os riscos do metanol e sobre como identificar bebidas suspeitas. A combinação de educação, fiscalização e inovação promete reduzir casos de intoxicação e reforçar a segurança alimentar no Brasil.
Além do impacto imediato na saúde, a iniciativa pode gerar confiança no mercado de bebidas, mostrando que o país se preocupa em proteger os consumidores e valorizar empresas sérias.
Por Mapa Empresarial