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Publicado: 16 de outubro de 2025 às 17:43

“Ozempic e a ‘vulva murcha’: o efeito colateral inesperado do emagrecimento rápido”

Especialistas explicam por que a perda acelerada de peso pode alterar até a aparência íntima e reforçam a importância do cuidado e da informação.

Nos últimos meses, um novo termo tem chamado atenção nas redes sociais e nos consultórios médicos: “vulva de Ozempic”. O nome pode soar curioso (e até arrancar um sorriso tímido), mas o assunto é sério. Ele se refere a mudanças na aparência da região íntima de algumas mulheres após emagrecimentos rápidos, especialmente entre quem usa medicamentos como o Ozempic ou o Wegovy, famosos por ajudarem na perda de peso.

Mas afinal, o que está acontecendo? De forma simples, o que médicos têm observado é que, quando uma pessoa perde peso muito rapidamente, há também uma perda de gordura nas áreas íntimas, o que pode deixar a vulva com uma aparência mais “murcha” ou envelhecida. Esse fenômeno, que antes quase não era discutido, vem sendo relatado por mulheres que dizem ter se surpreendido com a mudança.

“É uma consequência natural da perda de gordura corporal”, explicam especialistas. “Assim como o rosto e outras partes do corpo perdem volume, a região íntima também pode ser afetada.” Em alguns casos, há ainda uma redução da lubrificação e flacidez na pele, o que pode causar desconforto físico e emocional.

O lado positivo é que existem soluções seguras e eficazes. Clínicas especializadas oferecem desde tratamentos com laser até bioestimuladores e preenchimentos que devolvem o volume e a firmeza da pele. Ainda assim, os médicos reforçam que o ideal é buscar orientação profissional antes de iniciar qualquer uso de medicamento para emagrecer — e entender que cada corpo tem seu tempo.

Por trás da expressão “vulva de Ozempic”, existe uma conversa muito maior: a pressão estética e a velocidade com que buscamos resultados. O desejo de emagrecer não deve vir acompanhado de culpa, vergonha ou medo do próprio corpo. Em vez disso, é importante olhar para a saúde como um todo — física, mental e emocional.

A boa notícia é que falar abertamente sobre o tema ajuda a quebrar tabus e normalizar o diálogo sobre saúde íntima feminina, algo que por muito tempo foi deixado de lado. Afinal, informação é o primeiro passo para o cuidado — e o cuidado, em qualquer forma, é um gesto de amor-próprio. 💛