Sóstenes Cavalcante diz que Jorge Messias não representa a maioria dos evangélicos
Deputado afirma que indicação de Messias ao STF é mais política que religiosa e levanta debate sobre representatividade do segmento evangélico
O deputado Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, fez uma declaração que chamou atenção: segundo ele, Messias não representa a maioria dos evangélicos do país. Para Sóstenes, a indicação estaria ligada mais a afinidade política do que à fé, representando, na prática, apenas uma pequena parcela cerca de 5% dos evangélicos com perfil progressista.
É fácil imaginar como isso pode gerar desconforto. Muitos brasileiros olham para a indicação e se perguntam: “Será que ele fala por nós?”. Sóstenes reforça que a comunidade evangélica não é homogênea — há diversidade de opiniões, estilos de vida e posicionamentos políticos, mesmo entre pessoas que compartilham a mesma fé.
Messias é evangélico da Igreja Batista e atualmente ocupa o cargo de Advogado-Geral da União (AGU). A sua possível nomeação é vista por alguns como um gesto de aproximação do governo com o setor religioso, mas a declaração de Sóstenes mostra que nem todos enxergam assim. É um lembrete de que representatividade não é apenas sobre religião, mas sobre quem de fato se sente representado.
No fim, a situação é mais do que política: ela fala sobre pluralidade e respeito às diferentes vozes dentro de um grupo. Afinal, milhões de brasileiros compartilham a fé evangélica, mas não compartilham exatamente as mesmas opiniões políticas ou prioridades sociais.
Esse episódio reforça algo importante para todos nós: acompanhar quem está sendo indicado e compreender quem realmente representa cada segmento é fundamental. E, mais do que isso, ouvir com empatia os diferentes lados da história ajuda a construir um debate mais saudável e humano porque, no final, a política também é feita de pessoas e histórias reais.