Vida nas Cidades Mais Tecnológicas do Mundo: Inovação Diária e Experiências Únicas
Relato de moradores dos cinco principais polos de inovação do mundo, segundo o Índice de Inovação Global 2025 da OMPI, mostra como a tecnologia se integra ao dia a dia, de pagamentos sem contato a táxis autônomos.
O Índice de Inovação Global 2025 (GII), da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), destaca os centros urbanos onde patentes, investimentos e avanços tecnológicos florescem mais rapidamente, impulsionando mudanças socioeconômicas em escala planetária. Esses polos concentram 70% dos capitais de risco e patentes mundiais, moldando o futuro com IA, veículos autônomos e energias limpas. Conversamos com residentes dos cinco principais para entender como essas inovações transformam rotinas cotidianas e como turistas podem experimentá-las. A Ásia lidera, com China e Japão à frente, enquanto São Paulo e Cidade do México representam a América Latina nos top 100, em 49º e 79º lugares, respectivamente.
Os Top 5 Polos: Experiências Diárias e Dicas para Visitantes
1. Shenzhen-Hong Kong-Guangzhou, China: Integração de Antigo e Novo
Este cluster sul-chinês, lar de gigantes como Huawei e Tencent, é o epicentro de 24% dos polos asiáticos no GII. Tecnologia permeia o cotidiano, com vendedores de rua usando QR codes ao lado de caligrafia tradicional. Morador Jamie River, em Hong Kong há três anos, descreve uma "energia única" onde inovações como o cartão Octopus (lançado em 1997) pagam de metrô a lanches.
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Foto: Sinfonia das Luzes no Porto de Victoria, fusionando arte e alta tecnologia - Getty Images
2. Tóquio-Yokohama, Japão: Eficiência e Mobilidade Verde
O Japão mantém sua liderança com investimentos em IA e robótica. Em Tóquio-Yokohama, carros autônomos e energia solar são rotina. Moradora local Sarah Tanaka, há cinco anos na área, nota como apps de transporte integrados reduzem engarrafamentos, e painéis solares em prédios geram 30% da energia urbana.
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3. San José-São Francisco, EUA: Berço da IA e Startups
O Vale do Silício continua inovando com foco em IA generativa e veículos elétricos. Residente Alex Chen, engenheiro em São Francisco há quatro anos, descreve rotinas com assistentes virtuais como Siri evoluídos e entregas por drones em bairros residenciais.
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Foto: Vista do Vale do Silício, hub de startups e IA nos EUA - Getty Images
4. Pequim, China: IA no Cotidiano e Pagamentos Instantâneos
Pequim integra IA em serviços públicos, como táxis autônomos da Baidu. Moradora Emily Farrell-Kingsley, há dois anos na capital, elogia a estabilidade de apps como WeChat para pagamentos e traduções em tempo real.
- Vida Diária: Modelos de IA como Deepseek facilitam rotinas; pagamentos sem contato são universais.
- Para Visitantes: Reserve um robotáxi Apollo para uma experiência futurista; visite o Museu Nacional de Ciência para demos de IA chinesa.
5. Seul, Coreia do Sul: Inovação por Necessidade
Seul lidera em capital de risco asiático, com lojas sem caixas e portas digitais. Chris Oberman, residente desde 2024, destaca a "vontade de inovar" impulsionada pela escassez de recursos.
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Foto: Rio Cheongyecheon em Seul, exemplo de urbanismo inteligente e verde - Getty Images
O Top 10 Global e Destaques Latino-Americanos
O GII 2025 lista os maiores polos, com Ásia dominando seis posições. São Paulo (49º) e Cidade do México (79º) entram pela primeira vez nos top 100, impulsionadas por startups e investimentos em fintech.
| Posição | Polo de Inovação | País | Destaque |
|---|---|---|---|
| 1 | Shenzhen-Hong Kong-Guangzhou | China | QR codes e IA integrada |
| 2 | Tóquio-Yokohama | Japão | Mobilidade autônoma |
| 3 | San José-São Francisco | EUA | Startups de IA |
| 4 | Pequim | China | Táxis robotizados |
| 5 | Seul | Coreia do Sul | Pagamentos digitais 24h |
| 6 | Xangai-Suzhou | China | Energias renováveis |
| 7 | Nova York | EUA | Capital de risco |
| 8 | Londres | Reino Unido | Fintech |
| 9 | Boston-Cambridge | EUA | Biotecnologia |
| 10 | Los Angeles | EUA | Entretenimento digital |
Impactos e Perspectivas
Esses polos impulsionam 70% das patentes globais, moldando o futuro sustentável. Para visitantes, apps de tradução e pagamentos digitais facilitam a experiência. No Brasil, São Paulo avança com hubs como o Cubo Itaú, sinalizando potencial regional.
