Tráfico de Drogas no Brasil: Explosão de Apreensões em 2025 Expõe Falhas Legais e Urge Reformas

Apreensões de drogas subiram 34,5% nos primeiros cinco meses de 2025, com 664.507 kg confiscados, segundo a PF, sinalizando crescimento alarmante do narcotráfico.

O narcotráfico no Brasil vive uma fase de expansão acelerada, com apreensões recordes revelando a escala do problema em 2025, mas também expondo falhas estruturais na legislação que dificultam o combate eficaz. Dados da Polícia Federal (PF) e da PRF indicam um aumento de 34,5% nas primeiras semanas do ano, com 664.507 kg de drogas confiscados, enquanto o Atlas da Violência 2025 aponta para um crescimento contínuo impulsionado por rotas terrestres e marítimas. A Lei de Drogas de 2006 (11.343), criticada por sua suposta leniência em porte pessoal e penas para primários (afetando 26% dos 370 mil processos), é vista como obstáculo, com o STF mantendo descriminalização da maconha em fevereiro. Soluções emergem em propostas como o Plano Real da Segurança, que dobra operações contra facções, e iniciativas de desenvolvimento alternativo, priorizando inteligência e prevenção social para romper o ciclo vicioso.

O governo Lula, em nota de 24/10/2025, reafirma rigor com ações que dobraram operações de 1.875 em 2022 para níveis recordes, mas especialistas cobram leis mais duras para lavagem e tráfico internacional.

O Crescimento Alarmante: Números que Preocupam

O ano de 2025 começou com recordes de apreensões, sinalizando não só eficiência policial, mas a magnitude do fluxo de drogas. A PRF triplicou os confiscos em 2024 (859.694 kg), e a PF reportou 74,5 toneladas de cocaína (+2,8%), com operações crescendo 70%. O Atlas da Violência 2025 confirma: mais de 100 mil réus primários por tráfico poderiam ter penas ajustadas, mas o volume de processos (370 mil em 2023) reflete a escala.

• Principais Rotas: Rodovias federais (PRF) e portos; 34,5% mais drogas nos primeiros 5 meses.
• Impacto: 25 milhões de usuários globais de cocaína (ONU 2025), com Brasil como porta de entrada para Europa e África.

Foto: Apreensão de cocaína em operação da PF - Arquivo Agência Brasil

Falhas nas Leis: Críticas à Leniency e Propostas de Rigor

A Lei 11.343/2006, que diferencia uso pessoal de tráfico, é alvo de críticas por falta de rigor, com descriminalização de porte de maconha mantida pelo STF em fevereiro de 2025, vista como incentivo indireto. Penas para primários (5-15 anos) são consideradas brandas, e a ausência de agravantes para vulneráveis (como venda a moradores de rua) agrava o problema. O PL 4.809/2024, aprovado na CCJ, propõe penas mais duras para crimes violentos, incluindo tráfico, mas ainda tramita.

• Críticas: Relativização do crime; impacto em 96.706 réus primários (26% dos casos).
• Propostas Legislativas: PL 492-A agrava penas para cocaína; PL 14/2025 impede relaxamento de prisão.

Governo nota: "Não toleramos o tráfico, com ações de inteligência e repressão à lavagem."

Soluções em Debate: De Repressão a Prevenção

O combate exige multifacetas: repressão, inteligência e social. O Plano Real da Segurança (agosto 2025) dobra fiscalizações em fronteiras e cria sistema de inteligência contra facções. Centros de Excelência para Redução de Oferta (piloto 2021) expandem para 2025, focando desenvolvimento alternativo na Amazônia.

• Repressão: Integração PF-PR; lavagem de dinheiro priorizada.
• Prevenção: Educação e inclusão social; políticas amplas com redução de danos.
• Internacional: Cooperação com ONU para erradicação de plantações.

Especialistas como o Fórum Brasileiro de Segurança Pública defendem: "Aliar repressão a inclusão para romper o ciclo."

Perspectivas: Um Caminho Multifacetado

Com 500 toneladas apreendidas em 2025, o Brasil avança, mas leis atualizadas e investimentos sociais são cruciais. O governo planeja PEC da Segurança para mais recursos. O debate segue: rigor sem humanismo pode falhar; equilíbrio é a chave.