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Publicado: 04 de novembro de 2024 às 10:34

Eleições nos EUA: A visão dos jornais sobre Kamala Harris e Donald Trump

Destaques das citações de jornais sobre os candidatos à presidência

As principais publicações dos Estados Unidos estão se preparando para as eleições presidenciais, expressando suas opiniões em editoriais que endossam os candidatos Kamala Harris e Donald Trump. A prática de apoiar abertamente candidatos é comum em jornais de países anglossaxônicos e, com a eleição se aproximando, essas opiniões ganham relevância.

Um dos jornais mais influentes da capital, conhecido por sua posição editorial forte, surpreendeu muitos ao decidir não apoiar nenhum dos candidatos nesta corrida eleitoral. Essa decisão representa uma ruptura com uma longa tradição de endossos, que se estendia por várias décadas. Anteriormente, o jornal apoiava candidatos democratas em praticamente todas as eleições presidenciais desde os anos 1970. O CEO do jornal justificou essa mudança, afirmando que a decisão foi um retorno às raízes de não apoiar candidatos presidenciais, além de ressaltar que essa escolha ajudaria a preservar a imagem de imparcialidade da publicação. O movimento provocou críticas de jornalistas e membros do sindicato, resultando até em algumas demissões e uma perda significativa de assinantes.

Por outro lado, outro jornal conservador, também localizado na capital, decidiu manifestar apoio a Donald Trump. Em seu editorial, enfatizou a trajetória de Trump como empresário e sua motivação para concorrer à presidência, argumentando que ele sempre teve como prioridade retribuir ao país e não enriquecer mais, visto que já era bilionário. O editorial retratou Trump como alguém que enfrentou uma série de ataques e investigações, mas que continuou firme em sua candidatura. Esse apoio destaca a polarização nas opiniões sobre Trump, dividindo os leitores entre seus apoiadores fervorosos e os críticos.

Enquanto isso, o jornal com maior número de assinantes no país fez uma declaração clara em favor de Kamala Harris, pedindo que os eleitores ponham um fim à era Trump. O editorial enfatizou a falta de aptidão de Trump para liderar, citando suas tentativas de subverter resultados eleitorais e sua ameaça à democracia. A publicação apelou aos eleitores para que considerassem o histórico de Harris, ressaltando que, embora possa não ser a candidata perfeita para todos, ela representa uma escolha patriótica que busca um futuro melhor para o país.

Além dos jornais que escolheram apoiar um dos candidatos, outros veículos de comunicação decidiram não endossar nenhum dos lados, destacando as complexidades do cenário político atual. Um dos principais jornais financeiros do país, por exemplo, publicou editoriais analisando as propostas de ambos os candidatos, mas decidiu manter sua tradição de não apoiar nenhuma das candidaturas. Essa posição reflete uma crítica ao que considera uma escolha difícil e problemática para os eleitores.

No estado da Califórnia, o maior jornal local também optou por não apoiar nenhum dos candidatos, gerando polêmica e levando a renúncias em sua direção editorial. A diretora de editoriais do jornal se manifestou publicamente contra a decisão, afirmando que em tempos de crise, as vozes honestas precisam se levantar. Essa renúncia ressaltou a tensão entre a liderança do jornal e a equipe editorial.

Por fim, mesmo uma publicação britânica como The Economist, conhecida por sua influência nas discussões políticas e econômicas dos Estados Unidos, decidiu apoiar Kamala Harris. Em seu editorial, a revista expressou que um segundo mandato de Trump representaria riscos inaceitáveis e declarou seu apoio a Harris como uma escolha sensata. A revista criticou aqueles que veem a candidatura de Trump como uma opção viável, argumentando que os eleitores que minimizam os riscos de sua reeleição estão se iludindo.

Dessa forma, o cenário eleitoral nos Estados Unidos não apenas mobiliza os cidadãos a exercerem seu direito de voto, mas também provoca um intenso debate sobre o papel da mídia e dos veículos de comunicação na formação da opinião pública. À medida que a data das eleições se aproxima, as posturas editoriais continuarão a influenciar e a refletir as divisões e preocupações dos eleitores, ressaltando a importância do jornalismo na democracia.