Maduro treina milícias com flechas envenenadas contra EUA:
Regime venezuelano prepara ativistas indígenas para defesa com curare em caso de invasão; Trump classifica cartel ligado a Maduro como terrorista, elevando tensão bilateral
O regime de Nicolás Maduro intensificou treinamentos de milícias populares para usar flechas envenenadas com curare – um tóxico paralisante indígena – como arma de resistência contra uma possível invasão dos Estados Unidos. A orientação veio do chavista Diosdado Cabello, que defendeu a "resistência ativa" em meio a ameaças externas, durante um ato em Caracas na segunda-feira (17). Com mais de 4,5 milhões de ativistas nos Comitês Bolivarianos Integrais de Base (CBIB), Maduro convocou uma "vigília permanente" em seis regiões do leste venezuelano, promovendo uma "fusão popular-militar-policial" para defesa territorial.
O curare, extraído de plantas amazônicas, causa paralisia muscular e é usado há séculos por povos indígenas em caça e guerra. Cabello, em discurso inflamado, alertou:
“Não vamos parar de nos preparar para nos defender. Eles vão descobrir o que é o curare.”
A medida responde à classificação do Cartel de Los Soles – suposta rede de narcotráfico ligada a militares chavistas – como organização terrorista pelo governo Trump, anunciada em outubro. Maduro, por sua vez, cantou trechos de "Imagine", de John Lennon, em inglês, defendendo a paz enquanto reforça a mobilização.
Treinamento das milícias: de indígenas a "fusão total" contra invasão
Os CBIB, criados em 2016 para defesa popular, agora incluem treinamentos delegados a milícias indígenas no uso de arco e flecha com curare, como estratégia assimétrica contra forças avançadas. Cabello enfatizou disciplina e firmeza:
“Em meio ao cerco e às ameaças, o povo não se intimida, acata.”
A vigília abrange o leste do país, fronteira com a Colômbia, com foco em ações defensivas. Maduro caracterizou a iniciativa como "fusão popular-militar-policial", reativando símbolos como o "Super Bigode" – caricatura inspirada nele – para unir apoiadores via propaganda contra o "imperialismo yankee".
| Elemento | Detalhes | Objetivo |
|---|---|---|
| Comitês Bolivarianos (CBIB) | 4,5 mi de ativistas >15 anos | Mobilização total para defesa |
| Treinamento indígena | Arco/flecha com curare | Resistência assimétrica contra invasão |
| Vigília permanente | 6 regiões no leste (fronteira Colômbia) | Alerta contra "ameaças externas" |
| Símbolos chavistas | "Super Bigode" e discursos anti-EUA | União ideológica e propaganda |
Tensão EUA-Venezuela: de sanções a possibilidade de intervenção
O anúncio ocorre em meio a escalada bilateral: Trump indicou abertura para diálogo, mas setores do governo americano e oposição venezuelana sugerem ações contra o regime, como ataques a instalações petrolíferas e mudança de governo. Uma intervenção terrestre é considerada improvável, mas a presença militar dos EUA no Caribe alimenta temores chavistas.
Maduro acusa Washington de "cerco imperialista", enquanto Cabello alerta para "diversão" na preparação:
“Não vamos parar de nos divertir, nem vamos parar de nos preparar.”
Analistas veem na estratégia uma distração interna para desviar de crises econômicas, com hiperinflação acima de 100% e êxodo de 7 milhões de venezuelanos desde 2015. A OEA e a UE cobram eleições livres em 2026, mas o regime resiste.
O treinamento reforça a narrativa de "guerra híbrida", mas especialistas questionam sua viabilidade prática contra forças modernas. Para Maduro, é sinal de resiliência; para críticos, delírio paranoico.
