Nova era na imunização: Dose injetável substitui gotinha contra poliomielite
A nova vacina promete facilitar o acesso e melhorar a cobertura vacina
A partir de hoje, a estratégia de vacinação contra a poliomielite no Brasil passa por uma importante atualização. O Ministério da Saúde confirmou que, a partir desta data, as duas doses de reforço da vacina oral poliomielite bivalente (VOPb), conhecida popularmente como “gotinha”, serão substituídas por uma única dose da vacina inativada poliomielite (VIP), que é administrada por injeção. Este movimento é um marco significativo, considerando que o país não registra casos da doença há 34 anos, e a vacina oral tem sido um pilar das campanhas de imunização desde sua implementação em 1977.
A decisão de modificar o esquema vacinal está fundamentada nas mais recentes evidências científicas que apontam para a eficácia da vacina inativada. De acordo com o Ministério, a tecnologia atual promete oferecer uma proteção mais robusta contra a poliomielite, alinhando o Brasil às práticas já adotadas em países como os Estados Unidos e várias nações da Europa, que utilizam exclusivamente a vacina injetável.
O cronograma vacinal atual consistia em três doses da VIP, aplicadas aos 2, 4 e 6 meses, seguidas por duas doses de reforço da VOP, administradas aos 15 meses e aos 4 anos. Com a nova diretriz, a VOP será retirada do esquema, e apenas uma dose de reforço com a VIP será necessária aos 15 meses de idade. O novo esquema vacinal será o seguinte:
- 2 meses – 1ª dose;
- 4 meses – 2ª dose;
- 6 meses – 3ª dose;
- 15 meses – dose de reforço.
A poliomielite é uma doença que pode afetar tanto crianças quanto adultos, atingindo o sistema nervoso e, em casos graves, levando à paralisia de membros inferiores. A vacinação continua sendo a única forma efetiva de prevenir a doença, destacando a importância das atualizações na imunização para garantir a saúde pública.