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Publicado: 15 de novembro de 2024 às 11:41

Maragogipinho pode ver ofício de oleiros reconhecido como Patrimônio Imaterial da Bahia

A rica tradição dos oleiros de Maragogipinho é candidata a Patrimônio Imaterial da Bahia, destacando seu valor cultural.

A Iniciativa do Registro Especial do Ofício de Oleiros e Oleiras de Maragogipinho como Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia foi iniciada pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia. Na manhã desta quinta-feira (14), a notificação foi divulgada no Diário Oficial do Estado. Segundo Marcelo Lemos, diretor-geral do IPAC, esse foi um avanço significativo para o desenvolvimento cultural da comunidade de Maragogipinho. "O registro é crucial para a apreciação desta prática tão valiosa e identitária". "Esta primeira etapa apenas enfatiza a importância da cerâmica para a comunidade e a ligação dos habitantes de Maragogipinho com seu território", enfatiza.

A análise técnica do pedido, elaborada pela antropóloga Adriana Cerqueira, responsável pelo patrimônio imaterial do IPAC, evidencia que a profissão dos mestres oleiros de Maragogipinho é uma tradição que permeia a história da Bahia. A arte de fabricar cerâmica é um conhecimento transmitido de pai para filho. Como é o seu caso. Almerentino, o mais experiente oleiro da comunidade, começou a trabalhar com argila aos 7 anos, moldando caxixis.

Davi Lima, presidente da Associação de Auxílio Mútuo dos Oleiros de Maragogipinho, destaca a relevância deste avanço para a comunidade. O começo do processo de patrimonialização é crucial para a comunidade de Maragogipinho, que se sustenta através da produção de artesanato. Este reconhecimento nos fortifica, pois preserva uma história viva que é transmitida de geração em geração", enfatiza.