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Publicado: 19 de novembro de 2024 às 10:29

A obesidade no Brasil: fatores, soluções e os desafios de uma crise silenciosa

A doença é assim: é recidivante e progressiva, e precisa de tratamento crônico e de longa duração.

As doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) são uma das maiores causas de preocupação no Brasil e mesmo no mundo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), essas condições são responsáveis por cerca de 74% das mortes no país. Barreira à saúde pública, a obesidade vem se alastrando, qual uma epidemia. Dificilmente é possível pensar a obesidade fora de uma perspectiva histórica, interna ao sujeito. A doença é assim: é recidivante e progressiva, e precisa de tratamento crônico e de longa duração, diz a Organização Mundial da Saúde. “É uma condição complexa que precisa de acompanhamento constante”, destaca Priscilla Olim Mattar, endocrinologista e vice-presidente da Novo Nordisk Brasil. O resultado da apuração “Vigitel Brasil 2023” (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), da Fiocruz revela que mais de 60% da população adulta brasileira está acima do peso e 25% da população se considera obesa.

Fatores que Contribuem para o Surgimento da Obesidade


Desafiando o senso comum, o peso corporal excessivo, em forma de anticiclone, não pode ser explicado apenas pela baixa disposição para perder peso ou até mesmo pela compulsão alimentar. "É uma doença que tem muitas interações", esclarece Priscila Mattar Olim. Entre essas, a especialista indica os fatores genéticos; fatores ambientais e de estilo de vida; desvios hormonais; efeitos colaterais de alguns medicamentos; além de condições psiconeuróticas, principalmente, depressão e ansiedade. Uma das principais questões no tratamento da obesidade é a recusa dos pacientes em buscar assistência. "Uma proporção razoável de indivíduos com essa condição avançada acredita que é culpa deles. Sentindo-se impotentes, um grande número desses pacientes leva muito tempo antes de buscar e iniciar o tratamento adequadamente", aponta a vice-presidente da Novo Nordisk Brasil. Observações de endocrinologistas indicam que o crime geralmente começa na infância, pois as crianças obesas são frequentemente intimidadas, humilhadas e humilhadas. Cerca de 12,9% dos brasileiros de 5 a 9 anos são obesos, muitos dos quais cresceram inesperadamente nas últimas décadas, segundo um estudo do Ministério da Saúde. 
 

Tratamento multifatorial e avanços médicos no enfrentamento da obesidade


Não cuidar adequadamente da obesidade leva a outras doenças crônicas. “Muitas vezes acaba com dores nos joelhos, níveis elevados de açúcar no sangue ou obesidade, mas a doença de base é a causa de tudo isso”, alertou o endocrinologista.

Um problema comum associado à obesidade é o diabetes tipo 2; doença ambulante; certos tipos de câncer, como câncer relacionado a hormônios e câncer de estômago; e problemas comuns.

Tratar a obesidade não é fácil e requer uma abordagem holística. Na verdade, a base do movimento é uma alimentação saudável acompanhada de um programa de exercícios. No entanto, a pesquisa sobre o tratamento da obesidade é um campo em constante evolução. Ele disse: “Atualmente, existem tratamentos que têm um efeito positivo na proteção e também proporcionam outros benefícios. A tecnologia atinge esse objetivo adaptando moléculas específicas às necessidades do paciente. Esta é uma nova era no tratamento da obesidade”, enfatizou Priscilla Olim Mattar.

 

Perspectivas futuras para o tratamento da obesidade


Embora não exista cura para a doença, os esforços para controlar a doença devem centrar-se na prevenção e no controlo eficaz. A integração de políticas eficazes, como a educação nutricional escolar, a regulamentação da publicidade de alimentos processados, o apoio físico em espaços públicos e o acesso a cuidados de saúde especializados, também é crucial para controlar a obesidade.

“É importante focar nas crianças que já estão com sobrepeso, obesidade ou baixo peso, tratá-las adequadamente e focar nos pacientes que correm maior risco”, disse o especialista. ele concluiu.

Apesar de muitos problemas, ainda há esperança para o futuro do tratamento desta doença. O aumento dos medicamentos, o desenvolvimento de melhores métodos de tratamento e autocura e a introdução de uma abordagem mais personalizada ao comportamento e à cultura pública poderiam provocar uma mudança significativa na obesidade no país, permitindo às pessoas viver vidas saudáveis ​​e plenas..