Trump pode ativar estado de emergência e utilizar forças armadas para realizar deportações de imigrantes.

representa um desafio monumental, visto que mais de 10 milhões de imigrantes residem de forma ilegal no país.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta segunda-feira, 18, que pretende declarar estado de emergência nacional e empregar as forças do Exército para efetuar deportações em massa de migrantes . Essa proposta, que se constituiu em ponto central de sua campanha, representa um desafio monumental, visto que mais de 10 milhões de imigrantes residem de forma ilegal no país , muitos dos quais estão em grandes áreas metropolitanas. A condução da operação de tal magnitude enfrentaria diversos obstáculos lógicos e legais .

Trump fez o anúncio por causa de uma mensagem postada por Tom Fitton, presidente da ONG Judicial Watch , na qual observou os planos de Trump . Fitton havia escrito: " Boas Novas : de acordo com alguns relatos , o próximo governo está pronto para declarar naquele lugar emergencial para os militares e lidar com a invasão ( autorizada pelo presidente) Joe Biden, via programa de deportação em massa. . Na sua resposta , Trump confirmou a notícia dizendo : " É verdade " . 

Em entrevista à CNN, aliados de Donald Trump disseram que os planos de implementação de sua política de imigração já estão em preparação. As estratégias consistem em reforçar as medidas de segurança na fronteira com o México, revogar as políticas do governo Biden e criar uma operação de detenção e deportação em massa de migrantes. Fontes ligadas ao presidente eleito e seus assessores afirmam que estão sendo projetados novos campos de detenção para cumprir a promessa de campanha das expulsões em massa. 

Contestação

As guardas nacionais, que são forças armadas sob o controle dos governadores, podem ser convocadas para agir em respostas a conflitos ou desastres. Em abril, Trump proclamou que essas tropas "deveriam ser capazes" de realizar deportações em massa de imigrantes ilegais. Contudo, muitos governadores estão previstos a este plano, temendo que uma expulsão maciça poderia levar a uma perda de trabalho global e incluir perdas em impostos que regridiriam essas economias locais, impactando as finanças locais. O governador democrata da Califórnia, Gavin Newsom, anunciou uma sessão legislativa especial em dezembro com o propósito de "proteger os direitos fundamentais e valores da Califórnia diante de um novo governo Trump”. Karen Bass, a prefeita da cidade de Los Angeles, onde um terço da população é imigrante. Karen Bass emitiu uma declaração em apoio aos residentes: "Independentemente de onde você nasceu, de como chegou a este país ou de quem você ama, Los Angeles sempre estará ao seu lado. 

Perseguição incansável

Prevendo a oposição, Trump afirmou à revista *Time*, durante a campanha eleitoral, que, caso as Guardas Nacionais não consigam realizar a tarefa, ele recorreria ao "Exército", referindo-se às tropas federais. De acordo com Stephen Miller, um dos principais assessores do presidente eleito, o papel das forças armadas seria auxiliar na construção dos centros de detenção, enquanto a Agência de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) ficaria responsável pela operação de deportação.