PIX: transformações, permanências e seu impacto na economia
Meio de transferência instantânea de dinheiro é totalmente confiável, não será tributado e, mais importante, é essencial para o País.
Desde a semana passada, o Pix virou um dos assuntos mais comentados no Brasil. Provavelmente, você acompanhou as discussões, que rapidamente se misturaram com notícias falsas e agendas políticas. Uma medida inicialmente técnica e sem grande impacto no dia a dia acabou transformada em arma política, simbolizando o início não oficial da corrida presidencial para 2026. O resultado? A população, mais uma vez, não ficou prejudicada. Com a desinformação tomando conta e uma comunicação ineficaz por parte do governo, as transações via Pix registraram uma queda de 15,3% nos primeiros dias de janeiro em relação ao mesmo período de dezembro a maior retração desde a criação do sistema, em 2020 Parte dessa queda deve ser um comportamento sazonal, mas não há como ignorar o impacto das mensagens confusas e mal interpretadas.
Por que o Pix é uma peça-chave para a economia
Desde sua implementação, o Pix não só trouxe praticidade como também impulsionou o dinamismo econômico. Ao acelerar e dar mais segurança ao fluxo financeiro, ele estimula o consumo, amplia a bancarização e melhora a inclusão financeira no país. Um estudo de outubro de 2024 do Center For Economics and Business Research (Cebr), em parceria com a ACI Worldwide, apontou que o Pix tem potencial para acrescentar R$ 280,7 bilhões ao PIB até 2028, representando 2,41% do total. Outro levantamento do IPA (Inovações para Ação contra a Pobreza) destaca como os pagamentos digitais ajudam a intermediação de economias locais e facilitam a vida de pequenos empreendedores. Esses números ilustram como o Pix vai muito além da conveniência cotidiana: ele é um motor para o crescimento econômico e, por isso mesmo, alvo de interesses políticos e narrativas diversas.