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Publicado: 20 de maio de 2025 às 14:18

França anuncia construção de prisão na floresta amazônica — mas não é no Brasil

Unidade será erguida na Guiana Francesa e promete abrigar criminosos de alta periculosidade em meio ao isolamento natural da selva

Em um movimento estratégico que chamou a atenção de autoridades e ambientalistas, o governo francês anunciou oficialmente a construção de uma nova unidade prisional em plena floresta amazônica — mas, ao contrário do que muitos imaginaram, o projeto não será realizado no território brasileiro, e sim na Guiana Francesa, departamento ultramarino da França localizado na América do Sul.

A prisão será construída nos arredores de Saint-Laurent-du-Maroni, cidade próxima à fronteira com o Suriname. O local escolhido é cercado por mata densa e de difícil acesso, o que, segundo o governo francês, ajudará a manter o controle sobre detentos considerados de alta periculosidade, além de reduzir riscos de fuga.

Segundo autoridades locais, a nova unidade faz parte de um plano mais amplo de descentralização e modernização do sistema prisional francês. A ideia é aliviar a superlotação em presídios urbanos da Guiana Francesa e, ao mesmo tempo, aproveitar o isolamento natural da floresta como um elemento de segurança adicional.

A proposta, no entanto, gerou críticas por parte de organizações ambientais e defensores dos direitos humanos. Ambientalistas alertam para os impactos que a obra pode causar à biodiversidade local, enquanto ONGs questionam as condições de detenção em áreas remotas, com acesso limitado a serviços de saúde e fiscalização.

Apesar das controvérsias, o governo francês garante que a construção respeitará critérios ambientais rigorosos e que a nova prisão representará um avanço na segurança pública da região. A previsão é que as obras comecem ainda este ano, com inauguração prevista para 2027.

A decisão também reacende lembranças históricas do famoso presídio da Ilha do Diabo, também localizado na Guiana Francesa, que funcionou até meados do século XX e ganhou notoriedade mundial pelas duras condições impostas aos presos. Desta vez, as autoridades prometem um modelo moderno, humanizado e eficiente.