MC Poze do Rodo é Preso no Rio por Apologia ao Crime e Envolvimento com o Tráfico
Operação policial aponta ligação do funkeiro com facção criminosa; shows teriam promovido o tráfico de drogas em comunidades do Rio
O cantor de funk MC Poze do Rodo foi preso na madrugada desta quinta-feira, 29 de maio de 2025, em uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro. A prisão ocorreu em sua residência no bairro Recreio dos Bandeirantes, zona oeste da capital fluminense. O artista é investigado por apologia ao crime e envolvimento com o tráfico de drogas.
Prisão de MC Poze: entenda o caso
Segundo a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), MC Poze do Rodo, cujo nome verdadeiro é Marlon Brandon Coelho Couto Silva, estaria promovendo eventos em áreas controladas por facções criminosas. A investigação aponta que os shows contavam com presença de traficantes armados e músicas que exaltavam o tráfico, o uso ilegal de armas de fogo e a violência urbana.
A polícia identificou um show realizado no dia 19 de maio na Cidade de Deus como peça-chave da investigação. A apresentação aconteceu horas antes da morte do policial civil José Antônio Lourenço, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), em operação na região. As autoridades apontam relação entre a realização do evento e o fortalecimento da facção local.
Polícia apreende carro de luxo e joias
Durante a ação, os agentes apreenderam uma BMW X6 e diversas joias na casa do cantor. MC Poze foi conduzido à Cidade da Polícia, onde preferiu ficar em silêncio. Seu advogado acompanhou a oitiva, mas não se pronunciou publicamente.
MC Poze já era investigado anteriormente
Essa não é a primeira vez que MC Poze é citado em investigações policiais. Em novembro de 2024, sua esposa, a influenciadora Vivi Noronha, foi alvo da Operação Rifa Limpa, que investigava sorteios ilegais promovidos em redes sociais. Na ocasião, bens do casal foram apreendidos, incluindo veículos de luxo e artigos de alto valor.
Liberdade artística ou apologia ao crime?
A Polícia Civil argumenta que o conteúdo das músicas do cantor ultrapassa os limites constitucionais da liberdade de expressão. As letras são apontadas como incentivo ao crime organizado, principalmente ao tráfico de drogas no Rio de Janeiro.
As autoridades seguem com as investigações para identificar possíveis financiadores e outros artistas envolvidos em esquemas semelhantes.