Onda de Calor na Europa Deixa Mortos e Provoca Fechamento de Escolas e da Torre Eiffel

Temperaturas extremas geram alerta vermelho e afetam rotina em diversos países

Uma onda de calor intensa atinge a Europa em julho de 2025, causando pelo menos oito mortes e impactando significativamente a rotina de milhões de pessoas. Com temperaturas ultrapassando 40°C em várias regiões, autoridades implementaram medidas drásticas, como o fechamento de mais de 2.200 escolas na França e a interdição do topo da Torre Eiffel, em Paris, para garantir a segurança de turistas e funcionários.

Impactos da Onda de Calor

A França registrou o mês de junho mais quente desde 1900, com termômetros em Paris alcançando 42°C e mantendo-se em 36°C mesmo após uma leve queda. Mais de 300 pessoas foram atendidas por insolação no país, incluindo duas mortes, uma delas de uma menina de 10 anos. Na Espanha, três mortes foram confirmadas, incluindo uma criança de dois anos que ficou trancada em um carro ao sol. Outras vítimas foram registradas na Turquia e na Itália, onde o calor também contribuiu para incêndios florestais devastadores.

Na Alemanha, temperaturas próximas a 39°C em Berlim levaram à adoção do “hitzefrei”, uma prática que dispensa alunos das aulas em dias de calor extremo. Além disso, o Mar Mediterrâneo atingiu temperaturas recordes, até 6°C acima da média, agravando os impactos do calor nas regiões costeiras.

Medidas de Prevenção

Autoridades recomendam hidratação constante, evitar exposição ao sol e atenção especial a idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas. Em Paris, restrições ao tráfego foram impostas, e um passe especial de transporte público foi implementado para reduzir a circulação de veículos. Na Espanha, protocolos foram ativados para proteger grupos vulneráveis, como a distribuição de água para pessoas em situação de rua.

Contexto Climático

Especialistas do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus comparam o evento às ondas de calor de 2003 e 2022, que resultaram em milhares de mortes prematuras. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) alerta que o calor extremo, intensificado pelas mudanças climáticas, está se tornando mais frequente e severo, exigindo adaptações urgentes na infraestrutura e nas políticas públicas.