Israel intercepta navio com ajuda humanitária a Gaza e detém tripulação internacional
Forças israelenses abordaram o barco "Handala" em águas internacionais, levando-o ao porto de Ashdod. Ativistas denunciam violação de direitos humanos e exigem liberação imediata.
O incidente
Na noite de sábado (26), o navio humanitário "Handala", da coalizão pró-palestina Flotilha da Liberdade, foi interceptado pela Marinha de Israel enquanto navegava em direção à Faixa de Gaza. A embarcação transportava alimentos, medicamentos e leite em pó para bebês, com o objetivo de aliviar a grave crise humanitária no território palestino.
A operação ocorreu aproximadamente 40 milhas náuticas (cerca de 74 km) ao largo da costa de Gaza, em águas internacionais. Durante a abordagem, as comunicações da tripulação foram interrompidas, e o navio foi escoltado até o porto israelense de Ashdod. A bordo estavam 21 pessoas, incluindo ativistas de diversos países e jornalistas.
Reações e acusações
Organizações de direitos humanos, como a ONG israelense Adalah, condenaram a ação, afirmando que a interceptação em águas internacionais configura uma violação do direito internacional. A Adalah também relatou que advogados estão em Ashdod tentando estabelecer contato com os detidos, entre os quais se encontram dois parlamentares franceses e dois jornalistas da Al Jazeera.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel classificou a missão como uma "provocação midiática" e afirmou que os passageiros seriam repatriados para seus países de origem.
Contexto e antecedentes
Este incidente é o mais recente de uma série de ações contra iniciativas civis internacionais que tentam romper o bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza. Em junho, o navio "Madleen", que também transportava ajuda humanitária e ativistas, incluindo a sueca Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila, foi interceptado e levado a Ashdod. Em maio, outro barco da mesma coalizão, o "Conscience", foi alvo de um ataque com drones por parte das forças israelenses.
Repercussão internacional
O governo brasileiro condenou a ação e solicitou a liberação imediata dos ativistas detidos, destacando a importância do respeito à liberdade de navegação em águas internacionais. Outros países cujos cidadãos estavam a bordo, como França e Austrália, também expressaram preocupação e pediram esclarecimentos às autoridades israelenses.
Situação atual
Atualmente, as autoridades israelenses mantêm os detidos sob custódia em Ashdod. Organizações de direitos humanos e ativistas internacionais continuam a pressionar por sua liberação e por uma investigação independente sobre a legalidade da interceptação.
Da Redação | Mapa Empresarial
Com base em informações de fontes internacionais e organizações de direitos humanos.