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Publicado: 14 de agosto de 2025 às 18:52

EUA reforçam alerta a brasileiras sobre “turismo de nascimento”

Embaixada avisa que grávidas com intenção de ter filhos nos EUA podem ter visto negado já na entrevista.

Imagine que você está grávida, vivendo aquele misto de ansiedade e alegria, sonhando com cada detalhe da chegada do bebê. Entre uma pesquisa e outra na internet, surge uma ideia: “E se meu filho nascer nos Estados Unidos? Ele já nasceria com cidadania americana!”.

A proposta parece tentadora. Afinal, a lei americana diz que qualquer criança nascida em território dos EUA ganha automaticamente a cidadania, mesmo que os pais não sejam americanos. Isso poderia abrir portas para um futuro cheio de oportunidades, não é?

Mas aí vem o balde de água fria. Nos últimos dias, a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil soltou um alerta bem direto: se o objetivo da sua viagem for ter o bebê lá, o visto pode ser negado. E não é “pode” de possibilidade remota, é “pode” de “vai acontecer se eles descobrirem”.

Essa prática é conhecida como “turismo de nascimento” um nome que parece até inofensivo, mas que, para o governo americano, significa algo muito sério: usar uma brecha na lei para conseguir um benefício migratório.

Não é de hoje que eles tentam frear essa prática. Já houve casos de empresas oferecendo pacotes completos para gestantes: passagem, hospedagem, hospital, transporte… tudo organizado para que o bebê nasça lá. Mas, com o tempo, as autoridades apertaram as regras e agora reforçam que não vão facilitar para quem tentar seguir por esse caminho.

O que isso significa na prática? Na entrevista para o visto, o agente consular pode perguntar o motivo da viagem. Se houver qualquer indício de que a intenção é ter o parto nos EUA, o visto pode ser negado ali mesmo. E eles não precisam de muito para desconfiar: às vezes, basta ver a barriga e perceber que a gestante já está em um estágio avançado.

E aqui entra um ponto delicado. Nem toda grávida que viaja para os Estados Unidos está tentando “burlar” o sistema. Algumas realmente vão por motivos médicos, para ficar com familiares ou até a trabalho. Mas, infelizmente, a fiscalização não tem como separar 100% quem vai por um motivo legítimo e quem vai por causa da cidadania do bebê. E, nesse jogo, todo mundo acaba sendo colocado no mesmo balaio.

Se você está grávida e sonha com uma viagem para os EUA, a melhor dica é: seja totalmente honesta na entrevista e leve documentos que comprovem o verdadeiro motivo da viagem. Uma carta do médico, comprovantes de compromissos profissionais ou familiares… tudo isso ajuda a mostrar que não há intenção de “turismo de nascimento”.

Claro que é frustrante ver um plano que parecia tão bonito ser travado por uma regra. A gente entende o desejo de dar ao filho uma vantagem para o futuro, e até o sonho de viver essa experiência fora do Brasil. Mas, assim como nós temos regras para proteger nossas fronteiras e serviços, os Estados Unidos também têm as deles.

No fim das contas, cada país cuida de suas portas de entrada à sua maneira. E, por mais que isso possa parecer injusto, saber das regras antes de agir evita muito mais dor de cabeça e também evita o risco de perder dinheiro com passagens e vistos que não serão usados.

O recado é simples: se o sonho é viajar, viaje de forma segura e transparente. Porque, em tempos como este, a melhor bagagem que você pode levar é a sinceridade.

Fonte: mapaempresariall.com.br