Brent Hinds nos deixa, mas sua guitarra continuará ecoando
O músico e cofundador do Mastodon faleceu em um acidente de moto aos 51 anos, deixando um legado inesquecível para o rock e o metal.
Sabe aquela sensação de choque quando você recebe uma notícia que parece não fazer sentido? Foi exatamente isso que aconteceu com milhares de fãs ao redor do mundo quando, na noite de 20 de agosto de 2025, souberam da morte de Brent Hinds, guitarrista e cofundador do Mastodon. Ele tinha apenas 51 anos e partiu de forma repentina, em um acidente de moto em Atlanta.
Não importa se você acompanhava cada álbum do Mastodon desde o começo ou se só conheceu a banda por uma música perdida numa playlist. Brent tinha um jeito de tocar que grudava na gente. Seus riffs eram intensos, cheios de emoção, e, ao mesmo tempo, carregavam uma certa leveza, como se ele quisesse nos levar para uma viagem sem destino certo.
Ele não era o tipo de músico que vivia preso a um padrão. Brent misturava estilos, testava sonoridades e, muitas vezes, surpreendia até os fãs mais fiéis. Esse espírito livre também aparecia fora do palco: irreverente, engraçado e, em alguns momentos, polêmico. Mas talvez fosse justamente isso que o tornava tão único. Ele não fingia ser outra pessoa. Era autêntico, com todas as suas contradições.
O Mastodon, banda que ajudou a fundar no ano 2000, nunca teria sido o mesmo sem ele. Com os outros integrantes. Brent construiu álbuns que hoje são referência no metal moderno. Discos como Leviathan e Crack the Skye não são apenas música são experiências, universos inteiros em forma de som. Quem já colocou os fones e se deixou levar sabe bem do que estou falando.
É doloroso pensar que ele se foi poucos meses após deixar oficialmente a banda. Em março de 2025, sua saída já havia deixado os fãs com aquela sensação estranha de que um ciclo estava se encerrando. Agora, com sua partida definitiva, a saudade se torna ainda mais pesada.
Nas redes sociais, não faltaram homenagens. Gente lembrando de shows inesquecíveis, de como uma música do Mastodon serviu de apoio em momentos difíceis, ou simplesmente agradecendo por tudo que Brent entregou ao mundo. No meio da tristeza, um sentimento em comum: gratidão.
E talvez esse seja o maior legado dele. Brent Hinds mostrou que a música não precisa ser perfeita para ser verdadeira. Mostrou que é possível criar algo grandioso sendo você mesmo, sem medo de errar ou de destoar.
A partida dele deixa um vazio enorme, mas também deixa uma lembrança bonita: a de um artista que viveu intensamente e que transformou sua paixão em algo que atravessou fronteiras e tocou milhares de pessoas.
A guitarra de Brent pode ter silenciado, mas sua música continua ecoando nos álbuns, nos palcos que já incendiou, nas memórias de cada fã. E é assim que ele vai seguir vivo: em cada riff que ainda arrepia, em cada grito que ainda nos liberta, em cada acorde que nos lembra que a arte é, no fim das contas, eterna.
Fonte: mapaempresariall.com.br