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Publicado: 19 de setembro de 2025 às 16:42

Macron inaugura torres restauradas de Notre Dame subindo escada inspirada em Da Vinci

Com 400 degraus, subida simboliza esforço coletivo e resiliência da catedral que renasceu após o incêndio de 2019.

O presidente francês Emmanuel Macron protagonizou um dos momentos mais simbólicos dos últimos anos em Paris: ele subiu ao topo da Catedral de Notre Dame para inaugurar as torres restauradas. Mas o detalhe que chamou a atenção do mundo não foi apenas o brilho das obras de reconstrução e sim a escada que levou o presidente até o alto da igreja. Com mais de 400 degraus, ela foi inspirada nos desenhos visionários de Leonardo da Vinci, o gênio renascentista que há séculos encanta a humanidade com sua mistura única de arte e ciência.

A cena por si só já parecia saída de um livro de história. Macron, cercado por arquitetos, engenheiros e representantes da cultura francesa, subiu os degraus em ritmo firme. O esforço físico da escalada simbolizou, de certa forma, a jornada da própria França para devolver à Notre Dame o esplendor perdido no trágico incêndio de 2019. Foram anos de trabalho intenso, debates sobre preservação e modernidade, e uma corrida contra o tempo para entregar ao povo francês um monumento que é mais do que pedra e vitrais: é um símbolo de identidade.

O desafio de restaurar a Notre Dame foi comparado por muitos ao de resolver um enigma de Da Vinci. Cada pedaço da estrutura destruída guardava não apenas histórias, mas também segredos da arquitetura medieval que precisavam ser respeitados. A escada, inspirada nos esboços do mestre italiano, acabou se tornando o detalhe poético da obra. Com curvas elegantes e um design que mistura funcionalidade e beleza, ela é o elo entre o passado e o presente, lembrando que a genialidade humana não tem prazo de validade.

Quando Macron chegou ao topo, Paris se estendia diante de seus olhos em um horizonte que misturava tradição e modernidade. Ao lado da Torre Eiffel, do Rio Sena e de tantos outros cartões-postais, a Notre Dame novamente se erguia majestosa. Para muitos franceses, aquele momento foi de alívio e celebração. Não era apenas uma inauguração; era como se o coração de Paris voltasse a bater no mesmo ritmo de antes.

Em seu discurso, Macron destacou que a restauração da catedral foi mais do que um projeto arquitetônico: foi um esforço coletivo que uniu especialistas, voluntários e até cidadãos comuns que doaram recursos ou tempo. Ele lembrou que a Notre Dame não pertence apenas à França, mas ao mundo inteiro, pois é símbolo universal de fé, cultura e resistência.

O simbolismo da escada de 400 degraus também foi lembrado por muitos presentes. Subir cada degrau é como enfrentar os desafios de uma nação: exige persistência, fôlego e, acima de tudo, a convicção de que vale a pena. Inspirada em Da Vinci, a escada não é apenas um meio de acesso, mas um monumento em si, uma homenagem ao poder da criatividade humana de transformar tragédias em beleza.

A reabertura das torres restauradas promete atrair milhões de visitantes nos próximos anos. Turistas e parisienses terão a oportunidade de viver a experiência de escalar os degraus que levam ao topo, sentindo a mesma mistura de cansaço e êxtase que Macron experimentou. E ao chegar lá em cima, cada um poderá contemplar não apenas a cidade, mas também a grande capacidade do ser humano de reconstruir o que parecia perdido.

No fim das contas, a inauguração não foi apenas sobre tijolos, vitrais ou degraus. Foi sobre memória, esperança e a certeza de que a Notre Dame continua a ser, como sempre foi, uma guardiã da alma de Paris. E agora, com um toque de Da Vinci, ela prova mais uma vez que o passado e o futuro podem caminhar lado a lado, degrau por degrau.

Fonte: mapaempresariall.com.br