Estudo aponta que 70% das instituições privadas desejam restrições para uso de celulares

Instituições argumentam que regulamentações podem melhorar a concentração dos alunos

Uma pesquisa realizada por uma consultoria especializada em gestão e soluções educacionais revela que 70% das escolas particulares defendem a proibição do uso de celulares dentro das salas de aula. Entre as principais razões apresentadas pelos entrevistados para a restrição estão a diminuição da atenção dos alunos durante as aulas, a falta de interação social nos intervalos, o uso dos dispositivos para práticas de cyberbullying, a propagação de boatos e a exposição inadequada dos estudantes.

O levantamento foi conduzido entre os dias 17 e 28 de outubro, por meio de entrevistas presenciais e online, envolvendo representantes de instituições de ensino de dez estados brasileiros.

Recentemente, os membros da Comissão de Educação aprovaram uma proposta que visa proibir a utilização de celulares no ambiente escolar, abrangendo também os momentos de recreio e os intervalos entre as aulas. O texto aprovado determina que o porte de celulares não é permitido para alunos da Educação Infantil e dos primeiros anos do Ensino Fundamental.

A única exceção se aplica ao uso de celulares em sala de aula para propósitos estritamente pedagógicos em todos os níveis da Educação Básica, assim como em situações que envolvam acessibilidade, inclusão ou necessidades médicas específicas.

Para que essa proibição se torne uma lei efetiva, será necessária a aprovação da proposta tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado.