Estudo revela: fator genético pode influenciar dependência em cannabis
Pesquisadores apontam que a predisposição ao vício pode estar ligada ao DNA, reforçando a importância do uso consciente e do debate sobre saúde mental
O uso da cannabis, seja para fins medicinais ou recreativos, é um tema que desperta curiosidade, polêmica e, claro, muitas dúvidas. E uma nova pesquisa acaba de trazer uma peça importante para esse quebra-cabeça: a dependência da substância pode ter ligação genética.
O estudo, publicado recentemente em uma revista científica internacional, analisou milhares de pessoas e identificou variações genéticas que aumentam a probabilidade de desenvolver dependência à cannabis. Em outras palavras, algumas pessoas podem ter mais predisposição biológica a criar um vínculo com a substância — mesmo usando em menor quantidade.
Mas calma: isso não significa que o destino está traçado no DNA. A genética pode influenciar, mas fatores como ambiente, rotina, emoções e até o círculo social têm um papel enorme. Ou seja, o contexto em que a pessoa vive e como ela lida com o próprio bem-estar fazem toda a diferença.
Especialistas ressaltam que o uso da cannabis, especialmente o frequente e sem acompanhamento médico, pode afetar a memória, o humor e a concentração. Em casos de uso prolongado, há risco de desenvolver sintomas de abstinência, como irritabilidade, insônia e ansiedade.
Para quem faz uso medicinal, a orientação é seguir sempre as recomendações médicas e observar as reações do próprio corpo. Já para quem utiliza de forma recreativa, o caminho é a moderação e o autoconhecimento — entender os próprios limites e procurar ajuda, se perceber que perdeu o controle.
A descoberta reforça algo essencial: falar sobre drogas com informação, empatia e sem preconceitos é o primeiro passo para cuidar da saúde e ajudar quem precisa. A ciência está aí para mostrar que cada pessoa é única — e que entender nosso corpo e nossa mente é uma forma poderosa de prevenção.