Furacão Melissa Ameaça Cuba: Categoria 5 Mobiliza Militares e Fecha Escolas no Leste da Ilha
O furacão Melissa, de categoria 5, aproxima-se do leste de Cuba, com impacto previsto para terça-feira (28/10/2025), após devastar Haiti, República Dominicana e Jamaica.
O furacão Melissa, classificado como categoria 5 e considerado o mais intenso a ameaçar Cuba na história recente, ganhou força no Caribe e deve atingir o leste da ilha na terça-feira (28/10/2025), gerando alertas máximos e mobilização total das forças armadas cubanas. Após causar destruição em Haiti, República Dominicana e Jamaica, a tempestade traz ventos superiores a 250 km/h e chuvas torrenciais de até 50 cm, com risco de maré de tempestade letal. O governo de Havana emitiu alertas para as províncias orientais, ordenou o fechamento de escolas e repartições públicas, e posicionou militares para operações de resgate, recuperação e limpeza no sudeste da ilha. Autoridades pedem que moradores completem preparativos imediatamente, enquanto equipes de emergência monitoram o avanço da tormenta, que pode agravar a vulnerabilidade de uma nação já afetada por crises econômicas e desastres naturais.
O Centro Nacional de Furacões (NHC) dos EUA alerta para "impactos catastróficos", com evacuações obrigatórias em áreas costeiras. Cuba, experiente em furacões, ativa protocolos testados em eventos como Irma (2017), mas a intensidade de Melissa eleva o nível de preocupação.
Trajetória e Intensidade: Um Monstro no Caribe
Melissa formou-se rapidamente no Atlântico e ganhou força após passar por ilhas menores, atingindo categoria 5 no sábado (25/10/2025). Sua trajetória leva o furacão diretamente ao leste de Cuba, com ventos de 260 km/h e pressão central de 925 hPa, tornando-o um dos mais poderosos da temporada.
- Caminho: De Haiti e Jamaica para o leste cubano; possível avanço para o Golfo do México após o impacto.
- Intensidade: Categoria 5 (máxima na escala Saffir-Simpson); ventos >250 km/h.
- Impactos Previstos: Chuvas de 30-50 cm; maré de tempestade de 4-6 m; inundações e deslizamentos em áreas montanhosas.
O NHC estima que Melissa pode enfraquecer ligeiramente antes do impacto, mas manterá força devastadora.
| Parâmetro | Valor Atual | Previsão para Cuba |
|---|---|---|
| Velocidade Ventos | 260 km/h | 240-250 km/h |
| Chuva Acumulativa | Até 50 cm | 30-40 cm em 48h |
| Maré de Tempestade | 5-7 m | 4-6 m com risco letal |
| Pressão Central | 925 hPa | 940 hPa |
Foto: Destruição causada por Melissa em Jamaica - Arquivo CNN Brasil
Mobilização Cubana: Forças Armadas e Medidas de Emergência
O governo cubano, sob o presidente Miguel Díaz-Canel, ativou o plano de defesa civil, mobilizando milhares de militares para o sudeste da ilha, foco principal do impacto. Escolas e repartições públicas no leste foram fechadas a partir de domingo (26/10/2025), e evacuações obrigatórias começaram em zonas costeiras, afetando 200 mil pessoas.
- Forças Armadas: Tropas para resgate, limpeza e distribuição de suprimentos; 5 mil soldados posicionados.
- Alertas: Emitidos para províncias de Holguín, Santiago de Cuba e Granma; moradores orientados a estocar água e alimentos.
- Infraestrutura: Aeroportos no leste suspensos; energia e telecomunicações reforçadas contra quedas.
Díaz-Canel declarou: "Estamos preparados para enfrentar Melissa com a resiliência do povo cubano." O Instituto de Meteorologia (Insmet) monitora 24h, com atualizações horárias.
Contexto Histórico: Cuba e Seus Furacões
Cuba, com mais de 100 furacões desde 1900, tem histórico de respostas eficazes, como na evacuação de 1,7 milhão durante Irma (2017). Melissa, porém, é o mais forte desde o Mitch (1998), que matou 10 mil na região. A ilha, com economia fragilizada por sanções e pandemia, enfrenta riscos ampliados: 20% da população em áreas vulneráveis.
- Histórico Recente: Irma (cat. 5, 2017): 10 mortes, US$ 13 bi em danos.
- Preparação Atual: 90% das casas no leste reforçadas pós-Irma.
Especialistas preveem danos de US$ 5-10 bilhões, com foco em agricultura (açúcar e tabaco).
Perspectivas e Alertas Internacionais
O NHC emite avisos contínuos, com possível avanço para Flórida após Cuba. A Cruz Vermelha mobiliza ajuda humanitária, e o Brasil oferece suporte via Mercosul. Cuba pede solidariedade global contra desastres climáticos.
O furacão serve de alerta para a América Latina, com aquecimento global intensificando tempestades.
