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Publicado: 08 de novembro de 2025 às 10:18

Ciclone Extratropical Devasta o RS: Ventos de 100 km/h Destelham Casas, Causam Alagamentos e Bloqueiam Rodovias

Tempestade Mais Intensa de 2025 Deixa 5 Mortos, 20 Feridos e Milhares Sem Energia; Defesa Civil em Alerta Máximo

O Rio Grande do Sul enfrenta uma tragédia climática nesta sábado (08/11/2025) após o ciclone extratropical mais devastador do ano atingir o estado na noite anterior, deixando um rastro de destruição com ventos acima de 100 km/h que destelharam centenas de casas, causaram alagamentos severos e bloquearam rodovias principais. O balanço da Defesa Civil estadual, atualizado às 10h, registra 5 mortes – 3 por afogamento em enchentes repentinas e 2 por esmagamento sob árvores caídas –, 20 feridos e mais de 50 mil residências sem energia elétrica. Municípios como Porto Alegre, Canoas, Gravataí e São Leopoldo foram os mais afetados, com 500 casas destelhadas e 15 rodovias interditadas, incluindo trechos da BR-116 e RS-118 por deslizamentos. O governador Eduardo Leite (PSDB) decretou estado de calamidade em 20 cidades e mobilizou 2 mil bombeiros, enquanto o presidente Lula enviou a Força Nacional para reforço. O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), classificou como "o pior ciclone desde 2024", com prejuízos iniciais estimados em R$ 200 milhões e risco de mais chuvas até domingo.

O fenômeno, comum na transição primavera-verão, foi intensificado por águas quentes no Atlântico, com ventos de 100-120 km/h derrubando postes e árvores, isolando bairros e sobrecarregando o sistema de drenagem urbano.

Detalhes do Ciclone: Ventos, Chuvas e Áreas Mais Afetadas

O ciclone extratropical, formado pela interação de massas de ar quente e frio, avançou da costa para o interior do RS na sexta-feira (07/11/2025), atingindo picos de vento de 120 km/h em Porto Alegre e 100 km/h em Canoas. Chuvas de 80-150 mm em poucas horas causaram alagamentos em 15 municípios, com rios transbordando e enchentes repentinas.

  • Ventos: 100-120 km/h; derrubou 5 mil árvores e 200 postes.
  • Chuvas: 80-150 mm/24h; alagamentos em 40 bairros de POA.
  • Áreas Críticas: Porto Alegre (centro e Zona Norte), Canoas, Gravataí, São Leopoldo, Esteio.
  • Mortes: 3 afogamentos, 2 esmagados por árvores.
  • Feridos: 20, majoritariamente por quedas e cortes.

Leite: "É uma tragédia; mobilizamos tudo para resgate e recuperação."

 

CidadeDestelhamentosAlagamentosMortes
Porto Alegre30020 bairros2
Canoas1005 bairros1
Gravataí503 bairros1
São Leopoldo302 bairros1

Foto: Rua alagada em Canoas após ciclone - Arquivo G1

Resposta das Autoridades: Bombeiros, Força Nacional e Estado de Calamidade

A Defesa Civil estadual decretou calamidade em 20 municípios, mobilizando 2 mil bombeiros e 500 voluntários. Lula enviou a Força Nacional com 300 homens para resgates e distribuição de suprimentos. Aeroportos de Porto Alegre e Pelotas suspenderam voos por 24h; 50 mil residências sem luz até domingo.

  • Bombeiros: 2 mil agentes; 1.500 resgates.
  • Força Nacional: 300 homens; foco em áreas isoladas.
  • Alerta: Vermelho em 20 cidades; 199 para emergências.

Melo: "Porto Alegre resiste, mas precisamos de solidariedade nacional."

Implicações: Prejuízos, Recuperação e Mudanças Climáticas

Prejuízos iniciais: R$ 200 milhões (agricultura, energia, infraestrutura). Agricultura perde 10 mil ha de soja e milho; energia pode demorar 1 semana para restaurar. O ciclone, intensificado por aquecimento global, reforça necessidade de investimentos em resiliência (R$ 5 bilhões no RS para 2026).

Perspectivas: Chuvas persistem até domingo; recuperação em 2 semanas.