Lançamento do iPhone Air decepciona: vendas ficam 1/3 abaixo do esperado e produção é cortada pela metade
Novo design ultrafino da Apple, com apenas 5,64 mm de espessura, sacrificou câmeras e alto-falantes para priorizar leveza, mas preço de US$ 1 mil afasta compradores
O iPhone Air, apresentado pela Apple em setembro como uma revolução no design com apenas 5,64 mm de espessura, não cumpriu as expectativas de vendas iniciais, alcançando apenas um terço do projetado, segundo dados da International Data Corporation (IDC). Semanas após o lançamento, a produção foi reduzida pela metade, e a taxa de conversão de visitas para compras ficou 33% abaixo de modelos anteriores, apesar de quase 1 milhão de acessos à página oficial da Apple. O preço de US$ 1 mil – apenas US$ 100 abaixo do iPhone Pro e distante do modelo de entrada a US$ 800 – e escolhas técnicas que eliminaram lentes ultra-wide e telefoto na câmera traseira, além de limitar a apenas um alto-falante, afastaram consumidores em busca de equilíbrio entre inovação e utilidade.
A IDC estima que o Air, posicionado como opção intermediária na linha iPhone 17, vendeu 20 milhões de unidades nos primeiros dois meses – contra 60 milhões esperados. Analistas atribuem o fracasso a um mercado saturado de smartphones premium, com rivais como Samsung Galaxy S25 oferecendo mais recursos pelo mesmo preço.
“A Apple tinha expectativas maiores para o Air e não conseguiu atendê-las. O design é impressionante, mas o preço e as concessões técnicas o tornam menos apelativo para o público médio”, disse Nabila Popal, analista da IDC.
O que deu errado: design ousado, mas preço e recursos limitados
Lançado como "o iPhone mais leve da história", o Air priorizou espessura fina, mas sacrificou funcionalidades essenciais, gerando críticas de usuários e reviewers. A Similarweb registrou crescimento de 30% nos acessos online à linha iPhone em 2025, mas conversões para o Air foram as piores da série.
| Aspecto | iPhone Air | iPhone Pro | Modelo de Entrada | Impacto nas Vendas |
|---|---|---|---|---|
| Preço inicial | US$ 1 mil | US$ 1.100 | US$ 800 | Alto para "intermediário"; afasta compradores casuais |
| Espessura | 5,64 mm | 7,8 mm | 7,5 mm | Inovação visual, mas sem diferencial prático |
| Câmera traseira | Sem ultra-wide/telefoto | Completa | Básica | Perda de 20% dos compradores de fotografia |
| Alto-falantes | 1 | 2 | 2 | Críticas em reviews; impacto em mídia |
| Vendas iniciais (2 meses) | 20 mi unidades | 45 mi unidades | 30 mi unidades | 1/3 do esperado; produção cortada 50% |
A Morgan Stanley projeta 90 milhões de iPhones vendidos até o fim de 2025, impulsionados por outros modelos da linha 17, superando expectativas em 6 milhões.
Reações da Apple e mercado: ajustes e foco em 2026
A Apple não comentou oficialmente o corte de produção, mas fontes internas apontam para realocação de chips para o iPhone 17 Pro Max, que vendeu 50% acima do previsto. Tim Cook, CEO, destacou em call de resultados: "O Air é um passo ousado, mas o mercado responde a equilíbrio". Analistas como Popal preveem recuperação com promoções em 2026, mas alertam para concorrência chinesa (Huawei Pura 70, com design similar por US$ 700).
O lançamento reforça debates sobre inovação vs. acessibilidade na Big Tech, com a Apple perdendo 2% de market share para Android em Q4. Atualizações virão com balanço de dezembro.
