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Publicado: 07 de novembro de 2024 às 09:05

Salvador é palco de exposição que reconta a história de mulheres negras por meio de joias

A força e a história das mulheres negras ganham forma em joias de crioula em exposição na capital baiana.

A exposição "Dona Fulô e Outras Joias Negras" foi inaugurada com apresentações culturais vibrantes, incluindo performances de percussão feminina e a marcante presença da Irmandade da Boa Morte, em um evento que destacou a relevância e o protagonismo das mulheres negras no Brasil. A mostra propõe uma releitura da “economia da liberdade”, desenvolvida por mulheres durante o período colonial, e exibe uma rara coleção de joias conhecidas como Joias de Crioula, que representam a resiliência e a expressão de identidade das mulheres afrodescendentes.

A exposição está aberta no Museu de Arte Contemporânea, localizado em Salvador, e ficará em cartaz até fevereiro de 2025. A iniciativa busca atrair não apenas visitantes interessados em arte e história, mas também estudantes e jovens que desejam compreender melhor a luta e as contribuições das mulheres negras ao longo dos séculos.

Paralelamente à exposição, foi lançado um livro intitulado “Florindas”, que amplia a discussão sobre as peças em exibição e a trajetória das mulheres por trás delas, fornecendo um contexto rico em detalhes culturais e históricos. O evento reforça a importância da preservação e valorização da memória negra, apresentando a celebração das conquistas e da resistência de gerações de mulheres que enfrentaram desafios para afirmar sua presença e legado na sociedade. A exposição, além de sua relevância cultural, é um convite à reflexão sobre a força e o impacto das histórias femininas que moldaram e continuam a influenciar o Brasil contemporâneo.