Argentina lança cédula de 20 mil pesos para reduzir custos operacionais
Medida busca simplificar transações e diminuir gastos com produção de dinheiro.
Nesta quarta-feira (13), a Argentina começou a emitir notas de 20 mil pesos, equivalentes a R$ 116, como parte das ações do governo federal para diminuir a inflação e diminuir os gastos públicos.
O Banco Central da República Argentina (BCRA) está distribuindo a nova nota em agências bancárias e caixas eletrônicos.
Por meio de um comunicado, o governo federal declarou que a ação possibilita a diminuição dos custos da autoridade monetária e também das despesas operacionais do sistema financeiro.
Uma nota de maior valor possibilita a impressão de um número reduzido de notas para suprir a mesma necessidade monetária da sociedade. O governo declarou que a diminuição de notas na economia diminui o custo de substituição de caixas eletrônicos e o tempo de processamento nas agências.
A cédula apresenta uma imagem de Juan Bautista Alberdi, que foi o principal inspirador da Constituição Nacional de 1853, enquanto a outra retrata a casa onde ele residiu.
A imagem integra a série "Heróis e Heroínas da Pátria", desenvolvida pelo BCRA em 2022.
O governo de Javier Milei transferiu a tarefa de imprimir dinheiro para a Casa da Moeda através de uma concorrência internacional. Conforme a nota, a ação reduziu o custo de impressão de mil notas de US$ 126 (cerca de R$ 731) para US$ 48 (cerca de R$ 278).
Até agora, a nota mais popular na Argentina é a de 10 mil pesos (cerca de R$ 58), que foi introduzida em maio deste ano.
No final do ano passado, o presidente Milei anunciou a introdução de notas maiores. Naquela época, foi anunciado o lançamento de notas de 20 mil e 50 mil pesos, devido a pressões inflacionárias.
No entanto, desde o começo do governo Milei, o índice de preços tem caído continuamente, apesar de manter-se em três dígitos no acumulado de 12 meses.
O Indec, órgão oficial de estatísticas do governo, anunciou que a inflação na Argentina diminuiu para 193% em outubro, ficando abaixo de 200% pela primeira vez em quase um ano.