Construção de Barcaças Representa Oportunidade para a Indústria Naval na Bahia
O projeto busca revitalizar o setor naval, que enfrenta desafios nos últimos anos.
O Estaleiro Enseada, localizado no Recôncavo Baiano, foi contratado para construir até 80 barcaças mineraleiras para a LHG Mining. Este projeto, desenvolvido em parceria com a Tenenge, promete gerar aproximadamente 300 novos empregos diretos e até 900 indiretos, resultando em um impacto significativo para a economia da região. Cada barcaça terá a capacidade de transportar até 2.900 toneladas, contribuindo para o desenvolvimento logístico e econômico local.
A construção das barcaças ocorrerá em quatro estaleiros brasileiros, situados nas regiões Norte e Nordeste, sendo o Enseada um dos principais deles. Considerado um dos maiores estaleiros do Brasil, ele se destaca por fomentar a indústria naval brasileira, proporcionando uma geração robusta de empregos e crescimento econômico, trazendo benefícios socioeconômicos importantes para as regiões envolvidas e para o país como um todo.
A LHG Mining, fundada em 2022, é resultado da aquisição de minas de ferro e manganês em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, pelo grupo J&F, o maior conglomerado brasileiro, que emprega mais de 290 mil colaboradores globalmente. A empresa chega ao mercado com um forte compromisso em investir no setor mineral, focando em soluções que promovam uma cadeia de produção de aço mais sustentável e, consequentemente, gerem novos postos de trabalho.
O Estaleiro Enseada foi projetado para a construção e integração de unidades offshore, como plataformas, navios especializados e unidades de perfuração. Com um investimento privado estimado em cerca de USD 1 bilhão, é considerado um marco na indústria naval brasileira, já tendo alocado cerca de USD 1 bilhão.
Localizado em Maragojipe, Bahia, o estaleiro faz parte de um complexo industrial e logístico com uma localização estratégica que favorece o desenvolvimento de projetos. Ele possui a capacidade de processar mais de 100 mil toneladas de aço anualmente e conta com aproximadamente 1.000 metros de cais.
Além de sua função principal, o Enseada opera um Terminal de Uso Privado (TUP), que abrange uma área alfandegada de 750 mil m², realizando operações de exportação e importação de granéis sólidos (tanto minerais quanto vegetais) e carga geral. O estaleiro também se posiciona no setor de energia renovável, com foco na construção de componentes para aerogeradores e na atração de projetos relacionados ao hidrogênio verde.
A Tenenge, que possui uma sólida trajetória no setor de engenharia e construção, é reconhecida por sua contribuição em projetos de grande porte. Com um portfólio diversificado, a empresa participou da construção de 16 plantas químicas e petroquímicas, 18 usinas termelétricas, 73 plataformas offshore e 26 plantas de refino. A Tenenge destaca-se pelo compromisso com a qualidade e inovação, utilizando um sistema de gerenciamento próprio que se baseia nas melhores práticas internacionais.
Recentemente, a empresa concluiu importantes projetos de usinas termelétricas tanto no Brasil quanto na República Dominicana e está envolvida nas obras do Terminal Oceânico de Barra do Dande e nas refinarias de Cabinda e Lobito, em Angola.
Tanto a Enseada quanto a Tenenge são empresas do Grupo Novonor, que completa 80 anos de história neste ano. Através de suas diversas operações, o grupo realiza contribuições significativas para o desenvolvimento do Brasil e de outros países onde está presente. Ao longo de sua trajetória, o grupo tem utilizado sua competência técnica para oferecer serviços e produtos de qualidade em setores essenciais, como engenharia, infraestrutura, construção, petroquímica, sucroenergia, imobiliário, óleo e gás, e mobilidade.