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Publicado: 29 de novembro de 2024 às 09:57

Vacina contra o câncer criada por um brasileiro já está em fase de testes nos EUA

Eu estava fazendo um exame e me sobraram três tubos. Aí resolvi fazer outro exame que estava errado. As células podem mudar para se adaptar ao sistema imunológico", explica ele.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer, cerca de 71 mil homens serão diagnosticados com câncer de próstata até 2024. A doença mata 15 mil no Brasil todos os anos. Apesar da situação desafiadora, o médico e pesquisador Fernando Tomei Kreutz está determinado a encontrar a cura para a doença. "Há 25 anos que desenvolvemos medicamentos e vacinas contra o cancro", explicou Kreutz, o criador da primeira vacina médica para o câncer da próstata aprovada para testes nos Estados Unidos. “Se os bons resultados em 230 pacientes americanos forem semelhantes aos resultados do Brasil, poderemos registrar a imunoterapia em cerca de 18 meses”, disseram os médicos. Os pesquisadores descobriram que o desenvolvimento da droga afetou a estabilidade, assim como as antigas histórias de descobertas científicas. “Eu estava fazendo um exame e me sobraram três tubos. Aí resolvi fazer outro exame que estava errado. as células podem mudar para se adaptar ao sistema imunológico", explica ele. Segundo especialistas, as vacinas terapêuticas seguem uma abordagem personalizada, aumentando as chances de tratamento porque “cada organismo, como todo câncer, é único”. “O trabalho de laboratório envolve a ruptura da amostra do tumor, o cultivo das células tumorais para transformação, a exposição delas à radiação e finalmente a combinação das células tumorais para fazer uma vacina”, disse Fernando Kreutz. 

Este projeto tem o potencial de revolucionar os tratamentos em todo o mundo

“Este programa pode se tornar um novo padrão de atendimento no mundo”, afirmou o cientista, mostrando os resultados positivos alcançados até agora. Em ensaios realizados no Brasil, 36,8% dos pacientes controlam o câncer. Contudo, em pacientes que receberam imunoterapia específica, esta taxa diminuiu significativamente para 11,8%. Além disso, o estudo constatou redução de 8,5% na mortalidade, demonstrando o impacto do tratamento na sobrevida dos pacientes. Embora a medicina ainda esteja focada no tratamento do câncer de próstata, pesquisadores afirmam que a tecnologia desenvolvida será utilizada em outros tipos de câncer no futuro. A abordagem inovadora não só revolucionará o tratamento do cancro da próstata, mas abrirá caminho para tratamentos mais eficazes para uma variedade de doenças. “O objetivo é que esta tecnologia leve a uma evolução na luta contra o cancro a nível mundial”, concluiu o cientista.