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Publicado: 09 de dezembro de 2024 às 10:11

Acordo entre Mercosul e UE pode beneficiar a indústria automotiva Brasileira

Esse acordo promete mudanças surpreendentes para a indústria automotiva brasileira, entenda como ele pode impactar o futuro do setor.

O acordo Mercosul-UE inclui proteções especiais para a indústria automobilística brasileira
O acordo comercial recentemente assinado entre o Mercosul e a UE inclui medidas para proteger a indústria automobilística brasileira dos possíveis efeitos negativos que o aumento das importações de automóveis europeus implica. O governo brasileiro anunciou que após anos de negociações e conflitos, especialmente depois da resistência da França, o acordo incluía garantias que lhe permitiriam "proteger e expandir" os investimentos na indústria automobilística brasileira. Um dos pontos-chave desta negociação é a flexibilidade do Brasil na liberalização tarifária. O país poderia suspender os cortes tarifários para a indústria automóvel durante três anos ou mesmo restaurar a taxa actual de 35% sem pagar à UE. A moratória pode ser prorrogada por mais dois anos se o impacto das importações na indústria nacional for prejudicial. Embora não tenha especificado como avaliaria o impacto das importações europeias, o governo disse que a avaliação levaria em conta factores como níveis de emprego, valor de mercado e produção e utilização de edifícios - capacidade de insumos. indústria automotiva. Em termos de protecção do investimento, o governo deixou claro que a protecção da indústria automóvel funcionará mais facilmente do que a protecção geral prevista no tratado, o que permitirá às empresas nacionais serem flexíveis na resposta a mudanças inesperadas no mercado. 


A Anfavea, associação que representa os fabricantes de automóveis brasileiros, apoiou o acordo, argumentando que as empresas brasileiras se beneficiaram significativamente de acordos bilaterais e multilaterais que apoiam a concorrência. O grupo disse que estudaria os detalhes do acordo nos próximos dias para determinar melhor seu impacto no longo prazo. Atualmente, o Brasil importa parcela significativa de seus automóveis de fora do Mercosul, e a China é uma das origens dessas importações, respondendo por 25% do total. A Argentina é o maior importador de automóveis, respondendo por 48% das importações do Brasil. A Alemanha é o maior mercado automóvel entre os países europeus, com uma quota de 6%. Outro aspecto importante do acordo é a prorrogação do prazo de emissão de tarifas para veículos elétricos. Esses modelos serão autônomos por 18 anos, 15 anos para carros com motor a combustão. Para os automóveis a hidrogénio, o período de liberalização é de 25 anos, com um período de carência de 6 anos. A tecnologia emergente terá autonomia de 30 anos com período de carência de seis anos, uma melhoria significativa em relação ao cronograma anterior. Essas medidas poderão ter grande impacto na indústria automotiva brasileira, dando mais tempo para adaptação às mudanças tecnológicas e evitando a concorrência excessiva de carros importados, garantindo a proteção e a competitividade da indústria nacional.