O futuro do trabalho: profissões em alta e áreas que perderão relevância até 2030

Descubra quais carreiras dominarão o futuro e as profissões que podem desaparecer em menos de uma década.

Estima-se que até 2030 aproximadamente 170 milhões de novos empregos serão criados em todo o mundo, 92 milhões de empregos serão eliminados e um saldo positivo total de 78 milhões ocorrerá. Os dados fazem parte de um novo relatório do Fórum Econômico Mundial que descreve as futuras condições de trabalho, identificando empregos emergentes e em declínio, e as habilidades que terão maior demanda nos próximos cinco anos. A pesquisa, realizada em colaboração com o Centro de Inovação e Tecnologias Digitais da Fundação Dom Cabral, abrange inteligência artificial (IA) e desenvolvimentos pioneiros. Afirma-se que os empregos que mais devem crescer estão relacionados a setores básicos, como saúde, educação e construção. Ao mesmo tempo, avanços em tecnologias como inteligência artificial, robótica e energia renovável aumentaram a demanda por profissionais de tecnologia e sustentabilidade. De fato, gerentes, contadores e até designers gráficos correm o risco de desaparecer.

Acelerar o futuro: evolução das competências
O mundo do trabalho está a mudar rapidamente, com a evolução tecnológica, a evolução demográfica e a turbulência empresarial. Thiel Leopold, Diretor de Operações e Inovação do Fórum Económico Mundial, afirmou: “Tecnologias como os produtos habilitados para IA estão a transformar a economia, resultando em “tempos sem precedentes e grandes riscos”. O maior desafio enfrentado por mais de 60% das empresas é a lacuna de competências. Aproximadamente 40% dos recursos afetados sofrerão alterações significativas nos próximos anos. Considerando a força de trabalho mundial como um grupo de 100 pessoas, 59 delas necessitarão de adquirir competências novas ou melhoradas após 2030. Mas se 11 deles não puderem ser treinados, mais de 120 milhões de profissionais poderão estar em risco. Neste contexto, competências nas áreas da inteligência artificial, big data e segurança cibernética tornar-se-ão indispensáveis. Mas os profissionais do futuro serão aqueles que combinam habilidades técnicas (hard skills) com habilidades interpessoais (soft skills), como propriedade, mudança e agilidade mental.

A inteligência artificial eliminará empregos?
Embora a automação crie mais empregos, a lacuna de qualificações ainda forçará aproximadamente 80% dos trabalhadores a investir na construção de suas equipes. Além disso, aproximadamente 50% das empresas precisam transferir profissionais de um setor ameaçado para uma nova posição. Por outro lado, 41% das empresas planejam reduzir sua força de trabalho devido à automação. O Fórum Econômico Mundial declarou que a cooperação entre empresas, governo e trabalhadores é essencial para criar empregos e reduzir o impacto do desemprego. “Agora é o momento de nos unirmos, investir nas coisas certas e criar maiores parcerias e melhores empregos ao redor do mundo”, concluiu Leopold.