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Publicado: 13 de janeiro de 2025 às 10:44

Setor de drones no agronegócio caminha para um valor de mercado de US$ 17,5 bilhões

Como a flexibilidade de tecnologias integradas aos drones conquista desde grandes produções rurais até comunidades indígenas, impulsionando a inovação no campo.

O mercado global de drones agrícolas e pecuários deverá atingir US$ 17,5 bilhões até 2028 (96 bilhões de reais no final de agosto). Este valor é superior aos US$ 4,5 bilhões estimados (25 bilhões de reais) em 2017. A primeira indicação é que o mercado de drones de precisão está se expandindo ainda mais. A utilização de novas tecnologias em domínios como a agricultura e a pecuária, as pescas, a silvicultura, a horticultura e a protecção do ambiente. O crescimento do uso de drones no campo está alinhado com as tendências globais, com o valor de toda a indústria de drones previsto ser de US$ 67 bilhões (aproximadamente 360 ​​bilhões de reais) nos próximos cinco anos. O Brasil está aderindo a esse movimento, tanto pelo uso de tecnologia (desde grandes fazendas até comunidades indígenas) quanto pelo desenvolvimento de novas soluções nas aldeias.

Nesse caso, a Psyche Aerospace, startup brasileira fundada em 2022 por Gabriel Leal, de 26 anos, ganhou fama ao projetar e produzir em massa o maior drone agrícola do mundo. Este é o maior drone agrícola que a pega já viu. A empresa tem sede em São José dos Campos (SP), coração da indústria aeronáutica brasileira, e se beneficia da proximidade com instituições como o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e a Embraer, empresa de grande porte com faturamento de R$ 26,1 milhões. . . Bilhões de dólares em 2015.

"Eu sonho em explorar o espaço, que é um campo militar, mas a ideia da Psiquê é unir duas forças do Brasil: a tecnologia aeroespacial e o agronegócio, provando assim que uma nova empresa pode ter sucesso sem depender de contratos militares. A norte do estado de Minas Gerais uma pequena família de agricultores. Ele encontrou seu próprio caminho sem nenhum capital inicial, projetou um modelo de negócio e foi aceito no Parque Tecnológico de São José dos Campos, onde colaborou com o engenheiro João Barbosa para desenvolver um novo negócio modelo) e atualmente tem como sócio fundador Matheus Petrosa. A Psyche levantou R$ 15 milhões em duas rodadas de financiamento e se prepara para uma terceira. A startup começou em uma pequena sala com dois computadores e uma equipe, e hoje conta com uma equipe de cerca de 100 pessoas, uma fábrica de 6.000 metros quadrados. Os drones agrícolas da Psyche terão inicialmente uma capacidade de tanque de 400 litros por unidade, o que é um feito impressionante considerando que drones com tanques de 100 litros já fizeram bastante sucesso, com planos de expansão para 800 litros. A meta de longo prazo é investir 300 milhões de reais na produção de baterias de lítio no Brasil. O drone da Psique não apenas coleta plantações, ele pretende revolucionar a indústria melhorando tratores agrícolas e drones. O novo sistema de reabastecimento, chamado "Beluga", pode encher 2.400 litros de água em 10 segundos. Essa velocidade é 5 vezes mais rápida do que a de um carro de Fórmula 1 para reabastecer. Isso se deve a "um enorme aumento no emprego no setor agrícola", disse Lyle. “A única pergunta na mente de um desenvolvedor é: 'Isso realmente funciona?' A resposta é sim.” Um dos primeiros clientes é o produtor Gilson Pinesso, dono de mais de 140 mil hectares de terras. A tecnologia será testada durante uma prova de conceito (POC) na Fazenda Floresta, em Campo Verde (MT), em setembro. Enquanto o gol que Pinesso transferiu em poucos minutos valia R$ 20 milhões, o valor de Psyche agora é de R$ 75 milhões. No outro extremo do espectro dos drones, programas para trabalhar com comunidades indígenas e fazendas familiares também estão ganhando força. No estado do Mato Grosso, a Fundação Bunge atua com os povos Xavante e Boé-Bororó em três regiões indígenas, onde drones são usados ​​para monitorar o meio ambiente e prevenir crimes. A fundação fornece equipamentos e treinamento técnico para que comunidades possam usar drones para combater incêndios, monitorar o desmatamento e apoiar programas de reflorestamento usando espécies nativas.

“Incentivamos a consolidação da agricultura em larga escala e da agricultura familiar que beneficiará os povos indígenas. O plano abrangerá 43 terras indígenas, abrangendo 14,5 milhões de hectares até 2030, beneficiando 68.000 indígenas de 65 tribos. Além dos drones, o plano também inclui o desenvolvimento de “salas de emergência” equipadas e conectadas com tecnologia de satélite. As antenas Starlink são necessárias para responder rapidamente a emergências, como incêndio e entrada não autorizada. “A infraestrutura digital é tão importante quanto o equipamento físico. Sem a internet, as capacidades de vigilância dos drones não podem ser realizadas”, explica Claudia.