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Publicado: 03 de fevereiro de 2025 às 12:33

Nova técnica contra câncer de mama atinge 100% de eficácia

Embora resultados positivos tenham sido observados em testes iniciais, ele ainda não está disponível no SUS e nem é coberto por planos de saúde.

Uma nova terapia fria para câncer de mama mostrou resultados promissores, com testes iniciais mostrando uma taxa de sucesso de 100% para tumores de até 1 centímetro de diâmetro. A pesquisa, conduzida pela Universidade de São Paulo (Unifesp), começou em Israel e agora está sendo adotada em países como Estados Unidos e Japão. ) não são cobertos pelo plano de saúde brasileiro.
Em entrevista ao Seven O'Clock News, o professor Afonso Nazário, que conduziu o estudo e também é professor da Faculdade de Medicina e Saúde Aliada, explicou em detalhes como funciona o tratamento e os resultados alcançados. Segundo Nazario, a cirurgia pode remover tumores de até 1 centímetro de tamanho com 100% de taxa de sucesso. Para tumores maiores, entre 2 e 2,5 centímetros, o método teve uma sensibilidade de 95%, o que ainda é bastante alto, especialmente para tumores em estágio inicial. Nesses casos, embora a taxa de sucesso da criocirurgia seja alta, os pacientes devem continuar os cuidados de suporte porque a criocirurgia sozinha não removerá completamente o tumor.
O tratamento é administrado de duas a quatro semanas antes da cirurgia. Sob anestesia geral, uma agulha é inserida diretamente no abdômen. Desde então, a criopreservação tem sido realizada em temperaturas extremamente altas, entre -140°C e -150°C, para destruir efetivamente as células tumorais. O objetivo da cirurgia não é apenas remover o tumor, mas também deixar uma margem segura para que nenhuma célula cancerígena permaneça na mama após a cirurgia, a fim de evitar a recorrência do câncer.
Apesar dos resultados positivos, esse tratamento ainda está em fase experimental e, para atingir um público maior, precisa ser integrado aos sistemas de saúde público e privado do Brasil. Nazario também observou que estudos futuros se concentrarão em pacientes com tumores um pouco maiores (até 2 centímetros), o que ajudará a avaliar a eficácia desse tratamento no crescimento do tumor.
Avanços nessa direção seriam um grande avanço no tratamento do câncer de mama, tornando-o mais invasivo e mais bem-sucedido, especialmente para tumores avançados. A terapia pelo frio pode complementar os tratamentos atuais, dando aos médicos e pacientes mais opções para combater doenças. No entanto, a disseminação e a integração de práticas médicas ainda exigem educação e a capacidade de tornar essa tecnologia acessível a mais pacientes.