Bandeira tarifária amarela em novembro: Conta de luz terá redução, informa Aneel
Medida promete alívio para consumidores, com expectativa de menor custo na fatura de novembro
Após dois meses no nível mais alto, a tarifa de energia para novembro será reduzida com a bandeira amarela, gerando um custo adicional menor, de R$ 1,885 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. A redução foi anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e representa um alívio em relação ao valor cobrado em outubro, quando a bandeira vermelha, patamar 2, adicionava R$ 7,877 para cada 100 kWh consumidos – a mais alta desde 2021.
A mudança foi influenciada por uma leve melhora nas condições de geração de energia no país. No entanto, a Aneel destacou que, apesar do ajuste, a previsão de chuvas nas áreas de hidrelétricas ainda está abaixo da média, o que torna necessário o acionamento de bandeiras para cobrir custos de geração térmica. As termelétricas, acionadas especialmente em períodos de estiagem ou quando a demanda energética aumenta, são mais caras que fontes hidrelétricas e sustentáveis.
Em abril de 2022, as bandeiras ficaram verdes, sem cobranças extras, o que durou até julho deste ano, quando a bandeira amarela foi reativada. O segundo semestre trouxe ondas de calor e secas intensas, que demandaram a bandeira vermelha de maior valor em outubro. Com a recente mudança, o consumidor poderá contar com uma redução no valor final da conta em novembro, caso mantenha o consumo no mesmo nível.
Criadas em 2015, as bandeiras tarifárias foram instituídas pela Aneel para que o consumidor tenha maior clareza sobre os custos variáveis da geração de energia no país. Funcionam como um alerta: na bandeira verde, não há custo adicional; na amarela, há um acréscimo de R$ 1,885; no patamar 1 da vermelha, de R$ 4,463; e no patamar 2, de R$ 7,877 a cada 100 kWh. De setembro de 2021 a abril de 2022, uma bandeira temporária, devido à crise hídrica, acrescentava R$ 14,20 extras por cada 100 kWh consumidos.
O Sistema Interligado Nacional (SIN), que abastece quase todo o território brasileiro, conecta quatro grandes subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. Apenas algumas áreas, principalmente na Região Norte e Mato Grosso, e o estado de Roraima estão fora do SIN, com 212 localidades isoladas, abastecidas principalmente por usinas térmicas a diesel.
A Aneel ressalta que, com as bandeiras, o consumidor tem maior controle sobre os gastos de energia. Ao saber que a bandeira do mês está vermelha, por exemplo, ele pode adaptar seu consumo para tentar reduzir o impacto na fatura, incentivando um consumo mais consciente e alinhado com a realidade dos custos do setor.
