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Publicado: 16 de agosto de 2025 às 15:28

O falso atalho que pode custar caro: Remédios e atestados vendidos nas redes sociais

Anúncios prometem soluções rápidas, mas escondem riscos à saúde, golpes e lucros para as plataformas digitais.

Nos últimos anos, as redes sociais viraram palco para quase tudo: entretenimento, informação, vendas e até movimentos sociais. Mas, infelizmente, também se tornaram terreno fértil para práticas perigosas. Entre elas, está um mercado silencioso e arriscado que cresce a cada dia: a venda de remédios, receitas e atestados médicos falsos.

Pode até parecer uma cena de filme, mas não é ficção. Bastam alguns cliques para encontrar anúncios oferecendo comprimidos “milagrosos” para emagrecer, atestados médicos prontos para justificar faltas no trabalho ou até receitas falsificadas para conseguir medicamentos controlados. O problema é que, além de ilegal, tudo isso coloca vidas em risco.

Imagine a situação: uma pessoa que não tem acesso fácil a consultas médicas ou que está com medo de perder o emprego decide comprar um atestado falso pela internet. Parece uma solução rápida, mas o risco é enorme. Se descoberta, pode responder judicialmente, além de perder a credibilidade no trabalho. Agora, pense em alguém que compra remédios sem prescrição, acreditando que está cuidando da própria saúde. Sem acompanhamento médico, esse simples gesto pode trazer consequências sérias, como reações adversas, intoxicações e até morte.

O mais preocupante é que esse tipo de comércio não se esconde tanto quanto imaginamos. Muitos anúncios circulam abertamente nas redes, disfarçados de “soluções práticas” ou “produtos naturais”. Algumas plataformas acabam lucrando com esse movimento, já que esses anúncios são pagos. Ou seja, enquanto pessoas colocam sua saúde em risco, empresas gigantes faturam com cliques e visualizações.

Mas por que tanta gente cai nesse tipo de armadilha? Em parte, pela pressa e pela dificuldade de acesso ao sistema de saúde. Marcar uma consulta muitas vezes é demorado, conseguir atendimento imediato no SUS é complicado e, para quem não pode pagar consultas particulares, a internet parece oferecer um atalho. O problema é que esse “atalho” quase sempre leva a um beco sem saída.

Outro ponto é a cultura da solução rápida. Vivemos em um tempo em que tudo precisa ser para ontem: emagrecer sem esforço, resolver um problema de saúde sem passar pelo médico, justificar uma ausência no trabalho sem enfrentar uma conversa difícil. E é justamente nessa pressa que muitos golpistas encontram terreno fértil para agir.

O que fazer, então? A primeira atitude é desconfiar. Se você se deparar com anúncios que oferecem remédios sem prescrição, atestados prontos ou receitas médicas sem consulta, saiba que está diante de algo ilegal e perigoso. Denunciar esses anúncios nas próprias plataformas também é uma forma de ajudar a combater o problema.

Além disso, é fundamental valorizar a orientação médica. A tecnologia pode até oferecer atalhos, mas quando se trata de saúde, não existe “pulo do gato”: é necessário cuidado, acompanhamento e responsabilidade. Médicos e profissionais da saúde estudam anos para orientar corretamente cada caso, algo que nenhuma receita falsificada ou remédio comprado, às pressas pode substituir.

No fim das contas, esse assunto vai muito além de anúncios em redes sociais. Ele revela um problema social: a dificuldade de acesso à saúde e a pressa com que vivemos. Mas também nos lembra que nossa vida e bem-estar valem muito mais do que qualquer atalho arriscado.

Portanto, da próxima vez que se deparar com esse tipo de “oferta milagrosa” na internet, respire fundo e pense: será que realmente vale a pena arriscar sua saúde por uma solução aparentemente fácil? A resposta, você já sabe.

Fonte: mapaempresariall.com.br