Ladrões tentam furtar jacarés de bronze de chafariz histórico no Rio
Com cerca de 300 quilos cada, as esculturas foram alvo de criminosos, mas a ação foi interrompida a tempo, reacendendo o debate sobre a proteção do patrimônio cultural.
O Rio de Janeiro é conhecido por seus cartões-postais, suas histórias e também por pequenos tesouros espalhados pelas ruas e praças. Entre eles, estão monumentos e chafarizes que resistem ao tempo e carregam consigo a memória da cidade. Mas, infelizmente, alguns desses símbolos culturais acabam virando alvo da criminalidade. Foi exatamente o que aconteceu recentemente com o famoso chafariz histórico localizado em uma das áreas centrais da capital.
Na calada da noite, ladrões tentaram furtar nada menos que os jacarés de bronze que enfeitam o chafariz. As esculturas, cada uma pesando cerca de 300 quilos, não são apenas decorativas: fazem parte da estrutura artística e histórica do monumento. O detalhe curioso (e até um pouco inacreditável) é imaginar como alguém teria coragem e disposição física para carregar peças tão pesadas, em plena madrugada, sem chamar a atenção.
Segundo informações de moradores da região, a movimentação estranha foi percebida antes que o furto fosse concluído. Foi aí que a tentativa foi interrompida e os jacarés permaneceram no seu lugar. Apesar do alívio, o episódio reacendeu uma discussão importante: como proteger o patrimônio cultural de uma cidade tão grande e movimentada como o Rio?
Esse chafariz, em especial, não é apenas uma peça decorativa. Ele guarda memórias, foi palco de encontros e está presente em inúmeras fotos de turistas e cariocas. Tirar dali os jacarés de bronze não significaria apenas roubar metal para revenda, mas sim arrancar uma parte da história viva da cidade.
Vale lembrar que o furto de peças de bronze e outros metais, não é novidade. Nos últimos anos, vários monumentos no Brasil sofreram ataques semelhantes. Grades de praças, estátuas, bustos de personalidades e até tampas de bueiro foram levados por criminosos em busca de lucro rápido. Infelizmente, para quem vende esse material, trata-se apenas de quilos de metal. Mas, para a sociedade, a perda é imensurável.
Imagina só se esses jacarés tivessem realmente desaparecido? Provavelmente, o chafariz ficaria incompleto, mutilado, e a cidade perderia um pedaço da sua identidade. Felizmente, dessa vez, a história terminou sem danos irreversíveis. Mas a tentativa mostra o quanto é urgente pensar em estratégias de preservação.
Algumas cidades do mundo já investem em monitoramento eletrônico de monumentos, instalação de câmeras de segurança e até guardas especializados em patrimônio cultural. Outras optam por medidas criativas, como a fixação das peças de forma que seja praticamente impossível retirá-las sem equipamentos pesados. Talvez o Rio precise seguir por esse caminho, para que episódios como esse não voltem a se repetir.
Enquanto isso, fica o alerta: cuidar da memória cultural é responsabilidade de todos. É claro que o poder público tem papel fundamental, mas a comunidade também pode e deve participar, seja denunciando movimentações suspeitas, seja valorizando esses espaços.
No fim das contas, a tentativa frustrada de levar os jacarés de bronze serve como um lembrete: patrimônio histórico não tem preço. São peças que contam histórias, guardam lembranças e embelezam a cidade. Que os jacarés continuem firmes em seu lugar, observando a vida passar ao redor do chafariz, como guardiões silenciosos de um Rio que, apesar de tantos desafios, ainda preserva sua beleza e sua alma.
Fonte: mapaempresariall.com.br