Banco do Brasil reage e pede apoio da AGU contra fake news
Instituição financeira busca responsabilizar bolsonaristas por posts falsos que colocam em risco sua credibilidade e a confiança no sistema bancário.
Nos últimos dias, o Banco do Brasil voltou a ser alvo de uma onda de desinformação nas redes sociais. Postagens falsas, compartilhadas por perfis bolsonaristas, espalharam acusações sem fundamento contra a instituição. Diante do impacto e da velocidade com que esse conteúdo se espalhou, o banco decidiu pedir o apoio da Advocacia-Geral da União (AGU) para tomar as medidas cabíveis na Justiça.
A situação não é nova. O Banco do Brasil, como uma das maiores instituições financeiras do país, com milhões de clientes espalhados por todos os estados, costuma ser alvo de ataques quando debates políticos ganham força. No entanto, segundo representantes do banco, a intensidade e a gravidade dessas últimas publicações ultrapassaram todos os limites. “Não se trata apenas de críticas, mas de informações completamente falsas, que podem afetar a credibilidade e até mesmo a segurança do sistema financeiro”, destacou um porta-voz.
As postagens que circulam nas redes sociais afirmam que o Banco do Brasil estaria envolvido em irregularidades ligadas ao governo federal. Nada disso é verdade. Os conteúdos manipulados utilizam trechos de notícias antigas fora de contexto, vídeos editados e até documentos falsificados para dar aparência de credibilidade. É a famosa receita das fake news: uma mistura de meias-verdades com invenções.
A decisão de acionar a AGU mostra que o banco não pretende tratar o assunto como algo menor. A ideia é que a Advocacia-Geral da União, responsável pela defesa jurídica da União e de empresas públicas, possa atuar para identificar os responsáveis e responsabilizá-los judicialmente. Afinal, espalhar notícias falsas não é apenas um problema ético, pode configurar crime, dependendo da situação.
Um ponto importante é que o Banco do Brasil não está sozinho nessa batalha contra a desinformação. Diversas outras instituições públicas e privadas já enfrentaram situações parecidas. Basta lembrar de empresas que tiveram suas marcas envolvidas em boatos que viralizaram em aplicativos de mensagem, muitas vezes prejudicando suas imagens por meses.
Além disso, há uma preocupação maior: o efeito que esse tipo de mentira pode ter sobre a confiança da população no sistema financeiro. Imagine, por exemplo, alguém lendo um post falso e acreditando que seu dinheiro estaria em risco. O simples medo pode levar clientes a decisões precipitadas, como saques em massa, o que traria consequências para todo o mercado.
Por isso, especialistas em comunicação e direito digital reforçam a importância de combater fake news com rapidez. Não basta apenas desmentir, é preciso mostrar que existe responsabilização. Como disse uma professora de direito entrevistada recentemente: “A internet não é terra sem lei. Quem espalha mentiras que prejudicam pessoas ou instituições precisa responder por isso.”
No fim das contas, o pedido do Banco do Brasil à AGU é também um recado: a desinformação pode até ser rápida, mas a verdade, quando bem defendida, tem mais força. O desafio está em garantir que a justiça acompanhe o ritmo frenético das redes sociais.
Fonte: mapaempresariall.com.br