Braskem inicia na Bahia operações como empresa brasileira de navegação

A empresa amplia sua atuação no setor de transporte marítimo na região.

Aproximadamente dois meses após receber a concessão da Agência Nacional de Transportes Aquaviários para se estabelecer como uma Empresa Brasileira de Navegação, uma grande produtora de resinas termoplásticas na América deu início a suas operações de cabotagem.

A expectativa é que essa nova operação gere uma economia anual de cerca de R$ 10 milhões em custos marítimos. Além disso, a empresa planeja reduzir em até 1.800 toneladas as emissões de CO2, otimizando o tempo ocioso de suas embarcações. A primeira operação de cabotagem ocorreu no dia 27 de setembro, estabelecendo uma rota entre a Bahia e o Rio de Janeiro.

Nessa viagem inaugural, a embarcação Costa do Futuro, que possui capacidade para transportar 4.900 toneladas, fez a rota do Porto de Aratu, em Candeias, até o porto do Rio, carregando Propeno. Este momento é considerado um marco significativo, pois há mais de quatro anos a empresa vinha se preparando para gerenciar sua própria operação de cabotagem. O objetivo é aprimorar a eficiência logística, um aspecto essencial para o negócio, ao mesmo tempo que contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa, promovendo uma operação mais sustentável.

Antes de se transformar em uma Empresa Brasileira de Navegação, a companhia dependia de embarcações com tripulação estrangeira. Isso exigia que o navio saísse do Brasil a cada três meses para a renovação do visto, uma exigência para embarcações internacionais. Agora, com a gestão própria da cabotagem, a empresa pode alugar ou adquirir navios, além de contar com tripulações brasileiras, o que também fortalece a geração de renda local, uma vez que duas turmas de 16 profissionais são contratadas para operar as embarcações.

Os planos futuros incluem a construção de navios próprios, um passo que representa uma importante vantagem competitiva. A primeira embarcação está prevista para ser entregue em janeiro de 2025, com outra a ser entregue em março, ambas voltadas para o comércio internacional. Além disso, mais dois navios já foram encomendados com previsão de entrega para 2026. Com a confirmação de sua nova status como Empresa Brasileira de Navegação, os estudos para a construção de embarcações voltadas para a cabotagem nacional já foram iniciados, com um horizonte de três anos para o desenvolvimento e construção dos projetos.