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Publicado: 04 de dezembro de 2025 às 09:44

Trump Acelera Corrida da IA: Missão Gênesis Promete Revolução Científica nos EUA

Executiva Ordena Mobilização Histórica de Recursos Federais e Privados para Dobrar Produtividade em uma Década, em Resposta à China

O presidente Donald Trump assinou na segunda-feira (24 de novembro) uma ordem executiva que lança a Missão Gênesis, uma iniciativa ambiciosa para catapultar os Estados Unidos à liderança global em inteligência artificial (IA). Apelidada de "o maior esforço científico federal desde o programa Apollo", a missão visa integrar dados e supercomputadores do Departamento de Energia, começando pelos 17 laboratórios nacionais, com parcerias do setor privado para acelerar inovações em medicina, energia e materiais. A jogada chega em meio à escalada da competição com a China, com Trump sinalizando que "não pretende perder" nessa corrida tecnológica.

Anunciada pelo diretor do Escritório de Política de Ciência e Tecnologia da Casa Branca, Michael Kratsios, via postagem no X (antigo Twitter), a Missão Gênesis é descrita como uma plataforma unificadora de recursos computacionais e dados federais. "The Genesis Mission is launched! Big day for American Science and AI", tuitou Kratsios, acompanhado de uma imagem simbólica. Fontes da Bloomberg, citando um alto oficial anônimo, revelam parcerias iniciais com gigantes como Dell, HPE, Advanced Devices e Nvidia, que fornecerão hardware e expertise para turbinar a infraestrutura de IA.

Objetivos e Escopo: De Laboratórios a Revolução Científica

A missão foca em dobrar a produtividade e o impacto do setor de pesquisa e inovação americano em uma década, liberando avanços disruptivos em áreas críticas. "Com o poder da IA, os EUA estão à beira de uma revolução científica", afirmou Kratsios, destacando aplicações em saúde (como diagnósticos acelerados), energia (otimização de renováveis) e ciência de materiais (novos compostos sustentáveis). O plano inicial integra dados sensíveis dos laboratórios nacionais do Departamento de Energia, criando um ecossistema de supercomputação acessível a pesquisadores federais e privados.

Diferente de iniciativas anteriores, como o plano de IA de Biden em 2023, a Gênesis enfatiza uma abordagem "tudo ou nada", mobilizando recursos em escala Apollo – o programa que levou humanos à Lua e os trouxe de volta em segurança, um feito único na história. "É a maior mobilização de recursos científicos federais desde o programa que levou o Homem à Lua", comparou Kratsios, sublinhando o potencial para retomar a supremacia americana em tech.

Contexto Global: A Corrida Contra Pequim e o Papel do Setor Privado

Lançada em um momento de tensão geopolítica, a iniciativa responde diretamente à ascensão chinesa em IA: Pequim investe bilhões em chips e dados, ameaçando a liderança dos EUA em patentes e aplicações comerciais. Trump, que impôs tarifas de 25% sobre produtos mexicanos e canadenses esta semana, vê a Gênesis como arma estratégica para "não perder o trem da IA". As parcerias com Dell e Nvidia, por exemplo, visam suprir a escassez de GPUs avançadas, afetada por restrições de exportação americanas à China.

Críticos, fora do artigo, já questionam o foco excessivo em defesa e vigilância, mas apoiadores no governo Trump celebram o pragmatismo: "É hora de inovar ou perecer", ecoa um assessor da Casa Branca.

Impactos Projetados: Da Teoria à Prática em Dez Anos

Se bem-sucedida, a missão poderia injetar trilhões em ganhos econômicos, criando empregos em IA e impulsionando o PIB via exportações tech. No curto prazo, espera-se que os laboratórios nacionais lancem protótipos de IA em 2026, com fases de expansão para universidades e startups. Para o contribuinte americano, o custo inicial é coberto por orçamentos existentes, com retornos via patentes e spin-offs privados.

Especialistas em tech preveem que a Gênesis posicione os EUA como "Gênesis da nova era digital", mas alertam para riscos éticos, como privacidade de dados federais.