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Publicado: 04 de dezembro de 2024 às 10:22

Mesmo com os progressos, 75% das empresas brasileiras ainda não estão preparadas para a IA

Descubra por que tantas empresas estão atrasadas na corrida pela inteligência artificial, mesmo com o avanço da tecnologia.

De acordo com o  "Cisco 2024 Artificial Intelligence Readiness Index", apenas 25% das empresas brasileiras estão prontas para usar a tecnologia de inteligência artificial, o que representa uma redução de 4% em relação ao ano passado. Ainda assim, 99% dos líderes empresariais consideram a implementação da IA ​​uma prioridade.  Os principais desafios na adoção desta tecnologia são custos administrativos, inadequações e falta de pessoal profissional. Até 2023, 51% das empresas entrevistadas irão alocar 10% a 30% dos seus orçamentos de TI para projetos de inteligência. No entanto, 26% dos gestores relataram lucros mais baixos. Além disso, apenas 26% das organizações no Brasil possuem GPUs (unidades de processamento gráfico) suficientes para suportar as necessidades de IA, e apenas 49% possuem as ferramentas necessárias para garantir a segurança dos dados de estudantes experientes. Para se manterem competitivas na corrida tecnológica, 57% das organizações dizem que estão sob pressão para implementar soluções de inteligência artificial, e 47% planeiam aplicar mais de 40% dos seus orçamentos de TI para resultados nesta área nos próximos anos. “Existem apenas dois tipos de empresas: empresas alimentadas por IA e empresas não alimentadas por IA”, disse Jeetu Patel, gerente de produto da Cisco. O gestor concluiu: “Por onde quer que vá, as organizações devem ter um plano para introduzir a IA de forma clara e sustentável e acompanhar as mudanças do mercado”.


Muitas empresas brasileiras usam inteligência artificial

Apesar dos avanços na tecnologia e do crescente interesse no uso de inteligência artificial (IA), muitas empresas brasileiras ainda enfrentam desafios significativos para implementar bem essa tecnologia. De acordo com o relatório Cisco 2024 Artificial Intelligence Readiness Index, apenas 25% das organizações no Brasil estão prontas para adotar soluções baseadas em IA. Esse número caiu 4% em relação ao ano passado, sugerindo que, apesar das notícias, uma série de desafios ainda prejudicam o crescimento. A principal conclusão da pesquisa é que 99% dos líderes empresariais consideram a adoção da inteligência uma prioridade máxima. Contudo, esse reconhecimento não se reflete em ações concretas para superar desafios que impedem o desempenho. As barreiras identificadas incluem custos elevados, recursos técnicos insuficientes e falta de profissionais qualificados para lidar com esta nova tecnologia.
 

O investimento continua subinvestido, com resultados abaixo das expectativas

Até 2023, 51% das empresas pesquisadas investirão entre 10% e 30% dos seus orçamentos de TI na sua base de serviços de TI. Ainda assim, muitos líderes expressaram decepção com os resultados. Quase 26% dos entrevistados relataram receitas abaixo das expectativas, indicando a necessidade de um plano estratégico forte para entregar benefícios tangíveis. Além dos orçamentos apertados, a falta de infraestrutura é um grande obstáculo para as empresas brasileiras. Apenas 26% das organizações possuem GPUs (unidades de processamento gráfico) suficientes para atender à alta demanda computacional que a inteligência artificial exige. Além disso, menos da metade, 49%, conta com os recursos necessários para garantir a proteção de dados em modelos baseados em IA, o que representa um grande risco em termos de segurança e conformidade regulatória.

A pressão do mercado e a corrida pela IA

Embora os desafios sejam muitos, a pressão para adotar a inteligência artificial só aumenta. Segundo o relatório, 57% das organizações brasileiras relatam estar sob forte pressão para implementar a tecnologia, especialmente em setores mais competitivos, como varejo, finanças e saúde. Essa necessidade reflete as mudanças globais no mercado, onde a IA vem se consolidando como uma ferramenta indispensável para otimizar processos, personalizar serviços e melhorar a experiência do cliente. Prevê-se que o investimento em inteligência aumentará nos próximos anos. Cerca de 47% das empresas brasileiras planejam alocar mais de 40% dos seus orçamentos de TI para iniciativas relacionadas à IA. Este crescimento reflecte o reconhecimento de que a tecnologia é necessária para garantir a concorrência num mercado impulsionado pela informação e pela inovação.

O Futuro da Inteligência Artificial para as Empresas Brasileiras

Por Jethu Patel, Diretor de Produto, CCCC A Inteligência Artificial não é apenas mais uma tecnologia, é um divisor de águas para o futuro das empresas. “Existem apenas dois tipos de empresas: empresas que apoiam a inteligência e empresas que não apoiam a inteligência”, disse o responsável. Ele destaca a importância de as organizações desenvolverem um plano sólido para adotar a IA com agilidade e resiliência, especialmente à medida que as estratégias de mercado evoluem rapidamente. Além disso, Patel reforça que a jornada para a implementação da inteligência artificial exige não apenas investimentos financeiros, mas também um esforço contínuo para capacitar equipes, desenvolver infraestrutura e criar uma cultura organizacional que valorize a inovação tecnológica.

Desafios e oportunidades no Brasil

No Brasil, o cenário é desafiador, mas também cheio de oportunidades. O mercado de IA está em franca expansão, com potencial para transformar setores como saúde, educação, transporte e varejo. No entanto, para aproveitar essas oportunidades, as empresas brasileiras precisam superar barreiras estruturais, como a falta de acesso a tecnologias avançadas e a escassez de profissionais especializados. O treinamento de pessoal é uma parte importante. Atualmente, o Brasil enfrenta uma aguda escassez de profissionais e intelectuais qualificados, o que dificulta a capacidade das empresas de implementar projetos fortes neste setor. Programas de formação, colaboração com instituições de ensino e investimentos em I&D podem ser boas soluções para mudar esta situação.

Em contrapartida, as empresas que conseguirem adotar a inteligência artificial de forma adequada e eficaz terão uma vantagem competitiva significativa. A inteligência artificial tem potencial para reduzir custos, aumentar a produtividade e melhorar a tomada de decisões com base em dados precisos e análises avançadas.

Conclusão

Embora o Brasil ainda enfrente muitos desafios quando se trata de direitos de propriedade intelectual, a situação oferece grandes oportunidades para empresas dispostas a investir em inovação e superar as barreiras existentes. Espera-se que as pressões do mercado e a necessidade de permanecer competitivo num ambiente global acelerem o progresso na utilização da inteligência artificial nos próximos anos. Ao investir em planos estratégicos sólidos, recursos e treinamento profissional, as empresas brasileiras podem não apenas continuar a revolução digital, mas também se posicionar como líderes na era do conhecimento. Jethu Patel diz que o futuro pertence às empresas que sabem como integrar a inteligência artificial nas suas operações – deixando o risco para outros.