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Publicado: 14 de janeiro de 2025 às 10:23

Cientistas desenvolvem Biorrobôs baseados em espécies ancestrais dos Dinossauros

Pesquisadores da universidade de Cambridge criam robôs inspirados em criaturas de 390 Milhões de anos: descubra como.

390 milhões de anos atrás, os primeiros animais terrestres chegaram para explorar a Terra. Agora, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Cambridge está desenvolvendo um robô inovador baseado nessas criaturas antigas, com o objetivo de recriar um dos marcos evolutivos mais importantes da história: a transição dos vertebrados da água para a terra. Com base na estrutura e nos movimentos de peixes antigos do Devoniano Superior e de peixes modernos, como os gobiões, o robô pretende responder a questões importantes sobre o movimento da fala primitiva em terra. A pesquisa é detalhada em um estudo publicado na Science Robotics em outubro de 2024. Os cientistas esperam que esses robôs ajudem a entender melhor os primeiros passos da fala em terra. O objetivo final é descobrir como essas mudanças básicas deram origem à diversidade de espécies terrestres, incluindo os humanos.

Explorando a evolução por meio de robôs avançados

Esta pesquisa faz parte de uma série de novos trabalhos no Laboratório de Robótica Bioinspirada (BIRL) da Universidade de Cambridge. O laboratório desenvolveu robôs que podem construir suas próprias ferramentas e melhorar produtos com inteligência artificial, continuando a expandir os limites do que a robótica pode alcançar. Atualmente, sob a direção do Professor Fumiya Iida, a equipe de pesquisa tem como objetivo explorar uma das grandes maravilhas da evolução: a migração de organismos da água para a terra. O antigo robô construído pela BIRL não é qualquer máquina. O peixe é feito de materiais avançados que combinam com o corpo e a biotecnologia do primeiro peixe a pisar em terra firme. Projetado para simular os movimentos e as interações ambientais de espécies antigas, o robô ajudará os pesquisadores a aprender como as criaturas se adaptaram para andar em novos habitats terrestres. Ao observar o comportamento do robô em diferentes plataformas, a equipe conseguiu descobrir informações sobre o movimento dos primeiros vertebrados e entender a evolução das nadadeiras dos peixes para navegar melhor em direção à terra. O principal autor do estudo, Dr. Michael Ishida, confirmou seu interesse em descobrir quais padrões de caminhada são projetados para serem mais eficientes e usarem a menor quantidade de energia. A pesquisa também visa entender como os peixes antigos modificaram suas nadadeiras e distribuíram seu peso para permitir a locomoção terrestre quando enfrentavam restrições ecológicas e desafios ambientais. Ao estudar os robôs em diversas condições, os pesquisadores podem ver como os primeiros vertebrados se adaptaram para deixar a água e começar a vida em terra.

Uma nova maneira de estudar a evolução: robôs antigos em vez de dilemas

O uso de robôs antigos rompe com as abordagens tradicionais da biologia evolutiva que se baseavam fortemente em fósseis e simulações de computador. Os fósseis fornecem informações valiosas sobre a natureza de organismos antigos, mas também são um registro histórico. As simulações de computador, por outro lado, ajudam a modelar movimentos com base em dados físicos, mas ainda estão limitadas a esses modelos estáticos. Os antigos robôs BIRL fornecem soluções dinâmicas e interativas. Esses robôs vão além da simples visualização das estruturas corporais e fornecem dados em tempo real sobre a locomoção, rastreando o movimento dos primeiros vertebrados ao longo do tempo. Ao ajustar variáveis ​​como distribuição de peso, ângulo de rastreamento e características do solo, os pesquisadores criaram um modelo muito simples que oferece novos insights sobre a evolução da caminhada na terra.